O setor de edificações e construções é responsável por 21% das emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE), de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Tal cenário expande a busca por sustentabilidade na área de construções, colocando os revestimentos ecológicos como opções cada vez mais atrativas à decoração. Projetados para promover eficiência energética, reduzir o desperdício e utilizar recursos renováveis ou reciclados em sua composição, esse tipo de cobertura para superfícies vem ganhando relevância entre o público ao unir sofisticação, sustentabilidade e até mesmo economia no acabamento de obra. 

Além dos benefícios estéticos e ambientais, Rômulo Costa, gerente de arquitetura da Espaço Smart, primeira loja de casas do Brasil e especialista em Steel Frame,  destaca que os revestimentos sustentáveis oferecem ainda outros diferenciais importantes, como durabilidade, baixa manutenção, melhor isolamento térmico e acústico, assim como a melhoria da qualidade do ar interno, a depender do material utilizado

“Quando falamos de materiais ecológicos estamos nos referindo àqueles que têm um impacto ambiental mínimo em sua produção, uso e disposição. Ao optar por eles, estamos fazendo uma escolha consciente que beneficia tanto o meio ambiente, como também a sociedade e a economia. Esses materiais contribuem para a criação de espaços mais saudáveis e eficientes, promovendo, ao mesmo tempo, a conservação dos recursos naturais e a redução de resíduos”, adiciona Costa.

Um exemplo que vem ganhando espaço no mercado é o chamado Smart Texturise. Composto por resina plástica e fibra de vidro, esse revestimento reproduz texturas naturais como pedra e tijolo com alta fidelidade visual. Além de ser uma opção ecológica e econômica por conta das matérias-primas, o modelo se caracteriza pela instalação simples, durabilidade e fácil manutenção, podendo ser utilizada tanto para ambientes internos quanto externos. “Trata-se de uma ótima escolha para quem não abre mão da estética natural, mas está buscando mais praticidade e economia na obra”, pontua Rômulo.

Vale mencionar que no mercado também já estão disponíveis opções como  revestimentos 3D desenvolvidos a partir de materiais eco-friendly. Com foco no mercado de interiores, o padrão se caracteriza por oferecer dimensão de textura e são ideais para pessoas que buscam adicionar profundidade e interação visual aos espaços. 

Além desse, o painel ripado, tendência crescente no design de interiores, representa combinação equilibrada entre a estética moderna e sustentabilidade. Caracterizado por pequenas ripas dispostas espaçadas lado a lado, esse tipo de revestimento apresenta alta versatilidade, não só no que diz respeito aos ambientes que pode ser aplicado, mas também ao material que é produzido. “Hoje já existem empresas no mercado que oferecem o painel produzido inteiramente por insumos ecológicos, como pó de madeira e plástico reciclado, garantindo um visual moderno que acompanha a preocupação sustentável”, avalia o especialista. 

Outra opção bastante tradicional no mercado norte-americano que está ganhando força no Brasil é o ‘siding vinílico’. O revestimento é pensado para ambientes externos e é fabricado a partir de PVC reciclado. Com características de fácil manuseio e manutenção, além de extremamente resistente às variações climáticas, o material é reconhecido pelo seu fator econômico, otimizando o custo de materiais e mão de obra na finalização das fachadas.

"A sustentabilidade na construção civil ainda está caminhando, mas é importante entender que hoje já é possível fazer escolhas mais conscientes sem abrir mão do estilo, qualidade e sofisticação", finaliza Rômulo Costa.

By Motim