Casas de luxo construídas em áreas de grande beleza natural são exemplos de conforto e arquitetura de alto padrão, mas para além do viés estético, arquitetos e engenheiros estão repensando a utilidade desse tipo de imóvel. O problema da subutilização de imóveis em regiões turísticas vai na contramão da urgência de incluir a sustentabilidade em todos os setores da sociedade.

Gentrificação, baixa contribuição para a economia local e impacto ambiental são alguns dos problemas. Como alternativa, os principais escritórios de arquitetura e construtoras estão optando pelas copropriedades. O modelo é simples: várias pessoas compartilham uma mesma propriedade, comprando uma cota de uso.

Com a utilização do imóvel de forma mais contínua, a copropriedade de casas em locais paradisíacos representa uma abordagem mais sustentável e consciente para a ocupação de imóveis de lazer. O modelo não apenas reduz o impacto ambiental associado à construção e manutenção de várias residências, mas também promove um uso mais eficiente dos recursos, alinhando-se com as tendências globais de sustentabilidade e consumo responsável.

Vila Maya em Santo André (BA) - Localizada no condomínio fechado Vila da Vila, na região privilegiada do encontro do rio com o mar, em Santo André (BA), a Vila Maya é o mais novo empreendimento da Hauz, construtora de casas de alto padrão, em parceria com a Doiz, empresa responsável pela venda, incorporação e gestão de copropriedades.

A casa conta com cinco suítes em uma área de 350 m² construída com piscina e área gourmet, e cada fração de ⅛ permite que um coproprietário usufrua da casa por até 42 dias por ano. “Integração é a palavra que sustenta o projeto. O imóvel foi pensado para trazer utilidade em todos os espaços. Oito proprietários dividem a mesma casa, e por isso, a necessidade de desenvolver um projeto que abraça todo o entorno, de onde da sala eu vejo a área gourmet, a cozinha, as passarelas que levam aos quartos e dessas passarelas vemos a piscina e todas as áreas comuns, assim bem como todo o entorno com sua natureza", explica Rafael Fernandes, cofundador da Doiz.

A inspiração da Vila Maya veio depois de um longo bate papo com os sócios da Doiz e os arquitetos, que juntos foram compartilhando o desejo em proporcionar experiências diferentes de uma estadia em hotel, pousadas e até mesmo casas com locação temporária.

Unindo referências contemporâneas com elementos rústicos e da região, o design de interiores contou com a participação de artesãos locais para a fabricação de luminárias, tapetes e mobiliário. Reforçando ainda mais o laço e a ideia de sustentabilidade local, trazendo conforto e personalidade ao projeto.

“O principal desafio era manter uma certa rusticidade ao projeto, trabalhando madeiras, texturas naturais como reboco santa fé, cimento queimado. Uma outra preocupação foi a volumetria. Não queríamos telhados muito altos para que eles não impactassem no entorno das árvores e vegetação nativa. Optamos por uma arquitetura reta, mas, ao mesmo tempo, se faz orgânica na sua implantação, pois cada casa vai ocupando o espaço que lhe cabe dentro de cada terreno, mantendo as árvores que já faziam parte da área”, acrescenta Bruno Vereza, cofundador da Doiz.

A construtora Hauz, que tem em seu portfólio imóveis de alto padrão, teve como missão garantir o alinhamento da Vila Maya com as construções locais, unindo sofisticação e conforto. “Além disso, temos como compromisso a utilização de materiais e mão-de-obra local, auxiliando no desenvolvimento econômico da região. Santo André é um refúgio natural, de fácil acesso e natureza incomparável, por isso, durante toda a execução da obra, estamos atentos à impactar o menos possível o ambiente e promover o desenvolvimento social da região”, conclui Guilherme Vargas, engenheiro da Hauz responsável pela execução do projeto.

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