Moradas cada vez mais conectadas com o verde onde materiais e acabamentos naturais são os protagonistas. Principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo da América Latina, a CASACOR São Paulo costuma ser um bom termômetro das tendências traduzidas pelos principais escritórios e estúdios da região.

Entre os insights que o evento costuma induzir, a by Kamy destaca na edição deste ano um interesse ainda maior por peças tecidas a partir de fibras vegetais que proporcionam um acabamento mais rústico, um nicho ainda mais específico em relação às fibras naturais mais tradicionais, como o algodão e as provenientes de animais, como a lã e a seda.

As fibras vegetais rústicas vão deixando para trás a estigma de que só funcionam em casas de campo ou de praia. O interesse por elas cresce não apenas porque proporcionam uma experiência tátil diferenciada, mas também porque impressionam pelo visual que descortina variações de cores e tonalidades naturais.

Os ambientes da edição 2024 são exemplos práticos dessa quebra de estigma, com tapetes provenientes de diferentes espécies vegetais, mesclando desde fibras tipicamente brasileiras, como o sisal, até o cânhamo, conhecido como hemp do Nepal.

Conheça abaixo um pouco mais sobre as fibras vegetais rústicas utilizadas em ambientes da CASACOR São Paulo 2024:

Sisal

Essa fibra é cultivada em regiões semiáridas no Brasil, sendo os principais produtores os estados da Paraíba e da Bahia. Do sisal, utiliza-se principalmente a fibra das folhas que, após tratamento, é destinada ao processo têxtil para formar cordas e fios.

O ciclo de transformação do sisal em fios naturais tem início quando suas folhas atingem até cerca de 140 cm de comprimento que podem resultar em fibras de 90 a 120 cm. É mais resistente do que muitas outras fibras e totalmente biodegradável.

Hemp

Os tapetes de hemp são feitos com o caule de uma planta chamada Cânhamo, muito abundante no Nepal, país asiático que fica na região do Himalaia. Infelizmente, há no mercado de tapetes uma confusão enorme deste material com a Juta – material que, na Índia, é conhecido como hemp (daí a confusão).

São fibras diferentes: a de cânhamo é mais nobre e, por isso, há um grande risco de você comprar um tapete pensando ser – ou induzido a acreditar ser – de hemp e acabar comprando a juta.

As fibras de hemp requerem um processo caríssimo de produção, e hoje só é viável encontrá-las no Nepal justamente pela abundância da planta na região e pela grande oferta de mão de obra especializada nestes materiais.

A grande qualidade deste produto é exatamente nunca ter a mesma tonalidade, textura, o que o torna exclusivo. Excelente isolante térmico, absorvem tingimento com muita fidelidade. Uma das mais belas e preciosas fibras naturais.

Seagrass

Como o próprio nome em inglês sugere, são fibras feitas a partir da extração de espécies específicas de algas banhadas por águas “salmistradas”, ou seja, no encontro entre rios e o mar.

Neste ambiente, a água e o Sol interferem diretamente na pigmentação da fibra, o que causa uma variação de tonalidade característica e muito charmosa. São mais altas do que uma planta de arroz e menor do que a de cana. Resultam em tapetes com aspecto um pouco mais áspero.

Cactus

O processo de transformação da fibra de cactus em fio é manual e natural, o que deixa os tapetes feitos a partir deste material com muitos abraches (maior variação de tons dentro de uma mesma cor). O tom natural pode variar de um tapete para outro, aspecto que rende um produto mais precioso, porque cada tapete é realmente uma peça única.

Serviço

 
by Kamy na 37ª CASACOR São Paulo 2024

21 de maio a 28 de julho

Conjunto Nacional

Mezanino e Terraço Aberto

Avenida Paulista, 2073, Bela Vista, São Paulo-SP

Terças a Sábados, 12h – 20h

Domingos e Feriados, 11h – 19h

Ingressos e outras informações: clique aqui

 
by Kamy
 
www.bykamy.com.br

@bykamy

By Thiago Ienco | Denise Delalamo Comunicação

Imagens: Créditos Studio by Kamy