RETROSPECTIVA 2021 & 2022. EXPECTATIVAS DE UM BRASIL GIGANTE
Por Ivo Cansan
Postado sexta-feira 28/10/2022 por Redação
Categorias: Artigos Indústria Empreendedorismo Tecnologia
Começo este artigo olhando para o ano mais atípico de nossas vidas. Desconheço alguém que discorde da complexidade enfrentada pela raça humana neste período. Quantos desafios! Das primeiras notícias, os primeiros contaminados no mundo e depois no Brasil. A mudança das rotinas e comportamentos. O medo do desconhecido, a saudade que se instalou com pesar para muitos... foram tantas incertezas! Hoje, divido a pandemia em duas fases: a primeira foi a da doença científica e a segunda, a fase da doença política. A primeira por sinal, ainda não temos nada para discutir, pois ainda não temos informações fidedignas de seu princípio, transmissão, ou tampouco os detalhes que envolvem este capítulo da história da humanidade, talvez nunca tenhamos a certeza.
Já desta segunda fase, podemos dizer que o mundo passou a viver de uma forma que jamais se repetirá, independente de quais doenças ou pandemia possamos ainda enfrentar. O fato é, tornou-se notória que esta situação assumiu cunho político, pois a regra inicial aplicada foi a “prisão domiciliar dos cidadãos do mundo todo”. Passamos a ser humanos presos em nossos lares, enquanto a classe política e a justiça passaram a definir a forma de vivermos, nos locomovermos, inclusive quando isto seria possível, independente da forma e das necessidades de cada pessoa ou família. Sempre com o apoio da mídia, que de alguma forma passou a ter lado, e claro, quando a imprensa escolhe um dos extremos, é apenas por benefícios próprios, sem ter o mínimo de consideração pelas pessoas que recebem estas influências.
A correria do dia a dia, o trabalho, as visitas comerciais, reuniões, viagens de trabalho ou lazer, o simples ato de ir ao mercado se tornou um transtorno para a grande maioria das pessoas. A tecnologia colaborou com os novos hábitos, testou nossos limites, aprendemos um pouco mais também. Foi nesta fase que ficamos olhando para as paredes, literalmente. Voltamos nosso olhar para nossos lares, nossos entes queridos, nossas necessidades mínimas de sobrevivência, e diante disto passamos a perceber que pudemos tirar algo bom dessa lamentável fase, que foi querer estar perto de quem amamos, dar atenção às emoções e aos sentimentos.
Aprendemos a conviver mais e melhor, retomamos projetos e questões estritamente pessoais, mas muito importantes, percebemos que temos valores infinitamente superiores ao nosso trabalho e atividades extras, e consequentemente, isto nos fez perceber que a necessidade de consumo e os desejos haviam mudado de foco!
Este fenômeno potencializou o consumo de utensílios domésticos, móveis, eletrodomésticos e tudo o que atende as necessidades das famílias do século XXI. Assim, todos fomos às compras já que nossos gastos reduziram drasticamente: eliminamos mensalidades escolares e de cursos de aperfeiçoamento, viagens e lazer, alimentação fora de casa, passeios e viagens.
Com o famoso “fique em casa”, esqueceram que consumir de forma acelerada sem produzir, graves consequências viriam. A mão invisível que move o mercado revelou suas vias. A inflação disparou, e faltava quase tudo nos mais variados setores. Quando quisemos retomar o controle, o mundo todo estava na mesma aceleração. Isso gerou uma corrida cada dia maior para adquirir, com medo que a cada momento os preços disparassem, a consequência foi um desastre, onde o preço das matérias-primas disparou, e muita coisa esteve em falta, algumas até o presente momento.
A forma de trabalhar mudou drasticamente. O trabalho home office tornou-se a bola da vez, e o mundo passaria a ter uma nova opção de prestar serviços longe das fábricas, dos escritórios, e parece que para muitos, esta modalidade veio para ficar.
Em 2022 a vida iniciou o processo da normalidade com passos lentos. Foi nesta fase em que todos perceberam que estávamos abastecidos de tudo o que necessitávamos para viver; conforto e muitas vezes até luxo em nossos lares, porém, a nossa renda perdeu seu poder em nível elevado.
As indústrias iniciaram um novo ano imaginando que teríamos um crescimento semelhante a 2021. Só que esqueceram de fazer a análise que no ano anterior crescemos mais pelo aumento de preços do que pelo aumento de produção e produtividade. Caímos na realidade, passamos a retomar as formas de executar tarefas, de aproveitar para otimizar a forma de fabricar, fazer mais e com melhor qualidade e sempre que possível baixar custos, uma vez que a renda dos consumidores encolheu, e ainda comprometida com as aquisições do período anterior.
Analisando a questão do mobiliário, temos o verdadeiro espelho da realidade, em questão de alguns meses, passamos de um consumo extremamente acelerado, para um novo mercado de acerto, de readequação, o que fez nossa demanda despencar e nossas vendas reais se tornarem factuais. Os preços tiveram seus ajustes dentro do novo contexto dos consumidores.
Se não bastasse tudo isso, líderes mundiais resolveram criar um empecilho bem maior: a guerra, com consequências globais, afetando a todos, independente do país ou continente. Produtos essenciais tiveram seus custos crescendo de forma a não ser mais possível repassar aos consumidores. O resultado foi a queda brusca do consumo mundial, causado pelo aumento inflacionário. A insegurança movendo o mercado mais uma vez.
Pela primeira vez após um longo período, o mundo se viu diante de tantos desafios que só se via nos mais criativos filmes. A globalização passou a ser questionada não em todo o processo, mas em questões pontuais, onde os países entenderam que seria questão de soberania nacional. Isto mudou a nova ordem econômica mundial, e o fato é que ninguém sabe o desfecho disso tudo, e temos apenas hipóteses de como continuaremos enfrentando situações que não estamos envolvidos diretamente, mas que nos afetam tanto quanto os que disputam poder, força e espaço.
O Brasil neste período, apesar das dificuldades saiu fortalecido, pois hoje temos as principais fontes de sobrevivência da humanidade, terras que geram alimentos em quantidade para alimentar mais de cinco vezes a nossa população, água abundante, um Brasil com diversidades pujantes, indústria, serviços, agricultura, turismo. Depende única e exclusivamente de pôr em prática a fórmula correta para que nosso futuro seja brilhante e a nossa economia a mais próspera do planeta. Jamais poderemos pensar em retroceder, aplicar fórmulas que nos levem ao retrocesso, ao passado, ao conhecido que deu muito errado. O País depende de todos para seguir adiante, crescer, melhorar a vida da população, atendendo amplamente as necessidades básicas das regiões.
Estou convicto e com a maior certeza que trabalhando todos unidos, independente de qual a contribuição de cada brasileiro, desde que seja para o bem comum, seremos uma nação próspera e um povo feliz.
E sobre 2023? Este ano poderá ser o ano da confirmação do caminho certo, com um futuro promissor a todos.
O sucesso de todos dependerá das escolhas de cada um.
Imagem: divulgação
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