Quais tipos de adegas podem compor o décor?

A bebida norteia o estilo de vida e, para os apreciadores e enófilos, nada melhor do que um espaço bem projetado para valorizar os rótulos e desfrutar momentos únicos

Postado terça-feira 04/10/2022 por Redação

Categorias: Design Dica Arquitetura

Quais tipos de adegas podem compor o décor?
Quais tipos de adegas podem compor o décor?

 

 

No projeto das profissionais à frente do Macedo e Covolo, essa adega climatizada foi projetada por uma empresa especializada. Com impermeabilização em toda a sua volta, sua realização acompanhou todos os cuidados com a temperatura, iluminação e inclinação ideais para os vinhos. Ela conta com dois tipos de adegas, uma para vinho branco e outra para espumante, visto que são temperaturas diferentes do vinho tinto. Internamente, ainda foi inserida uma bancada para que os moradores pudessem apreciar a bebida. | Foto: Evelyn Muller

 

Seja apenas pelo prazer de apreciar uma garrafa ou por aqueles que fazem do vinho uma paixão, todos que gostam da bebida carregam um pouco dos mistérios que envolvem o mundo da enofilia. Em pequena ou larga escala, o consumidor dedicado preza tanto as delícias de degustar, colecionar, conhecer a história das marcas, safras, sabores e harmonização com pratos e compartilhar com quem se deseja ter ao lado. Dessa maneira, nada mais adequado que dedicar, em casa, um espaço para expressar esse amor: as adegas.

 

Em linhas gerais, um item básico que não pode faltar no décor são os nichos ou suportes para sustentar as garrafas. Porém, há diversos detalhes que um projeto de décor de interiores precisa considerar antes da realização da adega para o morar. A dupla de profissionais do escritório Macedo e Covolo – a arquiteta Giselle Macedo e a designer de interiores Patricia Covolo –, destaca que o cantinho especial depende do sonho de cada cliente e o layout do imóvel. “Uma adega pode tanto estar presente em um espaço pequeno dentro da cozinha, na sala de jantar ou mesmo quando criamos um espaço único e dedicado para os vinhos. Ela tanto pode compor, como também se tornar a atração principal”, afirmam.

 

 

O porão dessa casa em Campos de Jordão ganhou uma adega inspirada nos tempos coloniais. Para responder aos anseios dos moradores, contumazes apreciadores de vinhos, a marcenaria sob medida foi projetada por Giselle e Patricia para organizar as coleções de rótulos. Aqui, o próprio clima frio da região assumiu o papel de climatizador. | Foto: Eduardo Pozella

 

Quais tipos de adegas podem compor o décor?

O primeiro – e mais importante passo –, para escolher a adega a ser executada e ter o conhecimento sobre os modelos existentes no mercado e no seu perfil de consumo da bebida por parte dos moradores. As profissionais relacionam quatro tipos principais:

 

· Termoelétricas

São aquelas que trocam calor com o ambiente e indicadas para locais de temperatura mais amenas. O objetivo é manter os rótulos entre 10 ou 12 graus abaixo da temperatura ambiente, conservando o líquido no interior dos rótulos. No caso das miniadegas, Patricia indica que os modelos são indicados para quem começou a apreciar a bebida, mas não cultiva o hábito de adquirir muitas garrafas ou não conta com muito espaço em casa para acomodá-los. “A definição se estabelece de acordo com o consumo, por isso, buscamos compreender qual a relação de consumo que nosso cliente estabelece com o vinho”, declara.

 

Com funcionamento similar à uma geladeira, é recomendada para locais muito quentes – o controle que acompanha essa adega é capaz de ajustar a temperatura em seu interior. O formato é apropriado para os enófilos que desejam guardar mais de um tipo de vinho, uma vez que é possível regular a temperatura ideal para cada um.

 

· Sob medida

São designadas aos amantes de vinhos com uma coleção extensa de rótulos e, regularmente, adquirem um volume expressivo de caixas. Nesse caso, a estrutura conta com marcenaria planejada em ambientes próprios ou mesmo em um cômodo específico para a função. As profissionais do Macedo e Covolo relatam que o projeto demanda uma

uma infraestrutura prévia, uma vez que a climatização envolve o uso de equipamentos específicos, isolamento térmico e a configuração personalizada. “Nesse tipo de projeto é preciso analisar os tamanhos das garrafas e até a forma de armazenamento, que podem variar de acordo com o tipo de vinho, podendo ser distribuídos em colmeias para várias garrafas, em espaços individuais ou em expositores mais personalizados”, relara Giselle.

 

Nesse apartamento realizado por Giselle e Patricia, a paixão dos moradores foi muito bem exaltada com essa adega climatizada. Para a família, o universo dos vinhos movimenta o prazer de degustar e reunir familiares e amigos. Por isso, logo na entrada do imóvel, a dupla executou um espaço que dispõe de caixas e nichos para um acervo de mais de 700 rótulos, onde tudo foi pensado com o intuito de exaltar a beleza e o cuidado com a climatização | Foto: Eduardo Pozella

 

· Híbrida

Dentro de uma combinação, é possível mesclar os tipos de adegas, de maneira que adequem aos diferentes tipos de vinhos – sempre mantendo a qualidade e o sabor de cada garrafa. “O vinho tinto, por exemplo, exige uma temperatura de armazenamento entre 14 e 16ºC, enquanto o espumante, entre 6 e 8 ºC. Por isso, o correto é termos espaços separados” analisa Patricia.

 

Na concepção dessa área social pelas profissionais do escritório, o vão da escada foi muito bem aproveitado com a estrutura de marcenaria destinada a adega. Ela conta com nichos para a colocação de garrafas, a adega climatizada para os rótulos a serem servidos, além de uma base para as bebidas destiladas e a máquina de café | Foto: Eduardo Pozella

 

Dicas para criar uma adega em casa

 

Apesar do espaço ser tão pessoal e único, dependendo do sonho de cada morador, a adega deve acompanhar algumas dicas para um melhor aproveitamento. O cuidado se justifica, já que se tratam bebidas que demandam cuidado e atenção especial para não sofrerem alterações de temperatura e conservação que podem modificar totalmente a experiência e o sabor da degustação. “O primeiro passo é entender o objetivo de cada morador e o que a adega significa para ele. Temos aqueles que vão ficar satisfeitos com um espaço pequeno para comportar entre 25 e 40 garrafas. Os mais devotados solicitam um espaço totalmente detalhado para cada tipologia de vinho, rótulos, coleções etc.”, alega Patricia Covolo.

 

· Estrutura

 

O projeto de uma adega depende tanto do tamanho do projeto e o número de rótulos. A dupla também relaciona a necessidade de conhecerem as categorias de vinhos para que o projeto e o armazenamento não alterem o sabor. Nas adegas comerciais, comumente compostas pelas estruturas termoelétricas, híbridas ou com compressor, o grau de preocupação diminui, pois são climatizadas. “Sendo assim, uma das preocupações é garantir que o ambiente disponhas de um ponto de energia”, diz Giselle.

 

Para projetos menores de clientes que colecionam poucas garrafas ou fazem um consumo de alta rotatividade, nichos acoplados ao restante da marcenaria são perfeitos para a otimização de espaço e facilidade de manutenção.

 

 

Projetado para um jovem executivo apreciador de vinhos, a marcenaria executada por Giselle e Patricia apresenta nichos para dispor as garrafas, além de otimizar as costas do sofá | Foto: João Ribeiro

 

· Localização

Tudo depende das preferências e necessidades de seu dono. Para aqueles que prezam receber os convidados com vinho, a sugestão é apostar na localização dentro da sala de estar. Porém, uma verdade universal que deve ser evitada diz respeito à incidência direta de sol ou até mesmo luz na adega; “No caso das adegas climatizadas, existe a necessidade de se deixar espaço de circulação de ar de acordo com as recomendações de cada fabricante”, declara Patricia.

 

· Ventilação

Essencial quando o projeto não empregar um modelo climatizado de adega ou uma cúpula de vidro para proteger o acervo. A ausência de ventilação no entorno é vital para

o aparecimento de fungos nas rolhas das garrafas.

 

Caso a planta disponha de grandes metragens, além dos rótulos, é valioso considerar uma área para acomodar acessórios como taças, decanter e bancada de apoio para a abertura das garrafas. “Existe todo um universo que precisa ser idealizado. Havendo espaço, podemos pensar também no conceito de wine lounge, criando uma ambientação no entorno da adega. Uma área com poltronas é super bem-vinda”, orienta Patricia. Dessa forma, a adega se torna mais onde os rótulos estão: ela acolhe, reúne e protagoniza momentos inesquecíveis em família ou amigos.

 

Sobre Giselle Macedo e Patricia Covolo  

 

Giselle Macedo, arquiteta e urbanista graduada pelo Mackenzie e Patricia Covolo, graduada em Artes Plásticas pela Universidade São Judas e em Design de Interiores pela Panamericana Escola de Arte e Design, associaram-se em 2009 e, desde então, desenvolvem projetos de arquitetura e design de interiores nas áreas residencial e comercial. Ambas acumulam vasta experiência em arquitetura, atuando em renomados escritórios desde 1998 e 2004, respectivamente.  

 

No atendimento aos seus clientes, buscam a excelência do atendimento personalizado, em que cada projeto é único, não importando a dimensão. Adequar os desejos dos moradores aos espaços é uma busca constante. Ambas visam a qualidade funcional e estética para que, ao final de cada projeto, todos sejam impactados pela satisfação de usufruir de um ambiente que reflita sua personalidade. Sempre em busca de soluções e novos materiais, Giselle e Patrícia seguem as tendências do mercado nacional e internacional e desenvolvem um trabalho com estilo contemporâneo e moderno, mas ao mesmo tempo aconchegante e sempre atual.  

 

www.macedoecovolo.com.br  

@macedoecovolo  

 

By Beatriz Russo

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