Produção moveleira cresce 3,8% até maio de 2025

Indústria brasileira de móveis e colchões manteve trajetória positiva no mercado interno, apesar de oscilações no comércio exterior no primeiro semestre

Postado quinta-feira 14/08/2025 por Redação

Produção moveleira cresce 3,8% até maio de 2025
Produção moveleira cresce 3,8% até maio de 2025

Entre janeiro e maio de 2025, a indústria brasileira de móveis e colchões registrou crescimento de 3,8% na produção em comparação a igual período do ano passado; o acumulado em 12 meses chegou a +9,4%.

 

 

Os indicadores são apresentados na nova edição da Conjuntura de Móveis, relatório desenvolvido pelo IEMI para a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário). Os dados também indicam alta no número de empregos formais e em investimentos no chão de fábrica, sinalizando um ambiente de esforços voltados à
modernização industrial.

 

A produção nacional cresceu cerca de 4,5% na passagem de abril para maio. O consumo aparente também avançou: foram 35,3 milhões de peças consumidas no mercado interno em maio, alta de 2,9% no mês e de 3,5% no ano. Em 12 meses, o indicador registrou crescimento de 8,8%. A participação dos importados no consumo nacional ficou em 3,3% em maio.

 

A receita da indústria somou R$ 7,8 bilhões no quinto mês do ano, representando um crescimento de 4,9% sobre abril e de 9,3% no acumulado de 2025. Em 12 meses, a alta é ainda mais significativa: +14,3%.

 

O emprego no setor seguiu a tendência de expansão, com variação positiva de 0,6% em maio e alta acumulada de 6,7% no ano. Os investimentos em modernização também se destacaram no primeiro semestre. Entre janeiro e junho, as importações de máquinas e equipamentos para fabricação de móveis cresceram 43,2% em comparação ao mesmo período de 2024 — movimento que reflete a busca por maior produtividade e competitividade no setor.

 

Comércio exterior

Já as exportações apresentaram variações nos últimos meses. Em maio, registrou-se crescimento de 12,3%, com US$ 70,3 milhões exportados. Números que expressam, em especial, um embarque antecipado dos produtos relativos aos contratos firmados com os Estados Unidos, frente a imposição do “tarifaço”.

 

Em junho, porém, houve retração de 3,0%, totalizando US$ 68,1 milhões, agora como um reflexo da taxação americana. Ainda assim, o resultado acumulado no ano segue positivo: +6,8% de avanço no primeiro semestre de 2025 frente a igual período no ano passado. Os EUA responderam por 28,0% das exportações brasileiras de móveis e colchões, seguidos por Uruguai (10,3%) e Chile (7,4%).

 

As importações no setor, contudo, voltaram a subir de forma expressiva em junho: alta de 39,5% frente ao mês anterior, com volume de US$ 26,1 milhões. A dinâmica reforça a  necessidade de buscar medidas para equilibrar a balança comercial e manter a competitividade da produção nacional diante do avanço de produtos estrangeiros no
mercado interno, ao mesmo tempo em que os móveis brasileiros enfrentam também obstáculos severos junto ao seu principal parceiro comercial, com a entrada em vigor no dia 07 de agosto da tarifa de 50% imposta pelos EUA — veja mais detalhes sobre os impactos no setor moveleiro nacional aqui.

 

Varejo e preços ao consumidor

No varejo, o mês de maio foi de considerável avanço. As vendas em volume cresceram 14,7% sobre abril, embora ainda apresentem retração de 2,1% no acumulado do ano. Em 12 meses, o avanço é de 3,8%.

 

Em valores, as vendas aumentaram 14,8% no mês, com alta de 0,8% no ano e de 5,8% em 12 meses, indicando recuperação gradual da receita do comércio especializado em mobiliário.

 

 

Os preços dos móveis, segundo o IPCA/IBGE, subiram 0,37% em junho. A inflação acumulada no ano é de 1,92%, e de 5,98% nos últimos 12 meses. Patamar, este, que reforça a necessidade de estratégias equilibradas de precificação por parte da indústria e do varejo.

 

“O crescimento da produção na indústria e o avanço das vendas no varejo em maio coincidem com um período de melhora no emprego e na renda no Brasil. No entanto, movimentações recentes nos mercados interno e externo colocam esse cenário em risco”, observa Irineu Munhoz, presidente da ABIMÓVEL. “O aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre os móveis brasileiros de madeira, entre tantos outros itens da pauta exportadora nacional, é um exemplo de ameaça concreta à competitividade da nossa indústria, já tendo impactado os resultados das exportações nos últimos meses e com potencial de provocar a perda de milhares de postos de trabalho no país — 9 mil apenas ao longo da cadeia moveleira. Questões que geram implicações financeiras e de investimento significativas para nossas empresas e, consequentemente, para a economia brasileira”.

 

Esses desdobramentos seguem sendo acompanhados de perto pela ABIMÓVEL, que, junto aos setores público e privado, vem estruturando estratégias e propondo medidas para mitigar os impactos e preservar a competitividade da indústria moveleira nacional.

 

Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados, em: abimovel.com/capa/acervo-digital/

 

 

By ABIMÓVEL
Foto: Freepik

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