Petição para evitar antidumping de fio têxtil tem 500 assinaturas

 

Uma petição pública coordenada pela Abicol - Associação Brasileira da Indústria de Colchões, busca apoio dos empresários do setor para evitar a aplicação de uma medida antidumping para importação de fios de poliéster, principal insumo da indústria têxtil. Obviamente o setor colchoeiro tem interesse considerando o consumo de tecidos para revestimento de colchões e travesseiros.

Postado terça-feira 04/07/2023 por Redação

Petição para evitar antidumping de fio têxtil tem 500 assinaturas
Petição para evitar antidumping de fio têxtil tem 500 assinaturas

 

Até o momento a petição, encontrada no site https://www.peticao.online/stats.php?id=327730,  em cerca de 500 assinaturas, um número considerado relevante pela Abicol, mas deve crescer ainda mais nos próximos dias.

 

 

Medidas antidumping costumam durar cinco anos. Se a suspensão for prorrogada por mais um ano, que é o objetivo da Abicol, a medida passará a valer a partir do 3º ano somente a partir de 2024.

 

 

Rememorando a medida

 

 

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia aprovou no dia 18 de agosto de 2022, a aplicação de uma medida antidumping para fios de poliéster, commodity que é o principal insumo da indústria têxtil. No entanto, apesar de reconhecer a prática de dumping nos filamentos sintéticos texturizados de poliésteres originários da Índia e da China, o Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex aprovou a suspensão imediata da aplicação da tarifa antidumping pelo prazo de um ano, prorrogável uma única vez por mais um ano, por razões de interesse público.

 

 

A medida, obviamente, agradou fabricantes de tecidos sintéticos que importam o produto e que argumentaram ao longo do processo de investigação do dumping que a taxação poderia levar a um aumento dos custos de roupas, colchões e demais produtos que usam tecidos sintéticos.

 

 

Na época, Rogério Coelho, então presidente da Abicol, entidade que representa fabricantes de colchões, que importam o fio de poliéster para fabricar o tecido que reveste o colchão, afirmou que “a suspensão por um ano é um grande alívio, neste momento em que a inflação está em alta e vai beneficiar todo o setor”.

 

 

O setor estima que se fosse aplicado o antidumping, o impacto no preço final para o consumidor poderia ser da ordem de 20%. 

 

 

Em um parecer técnico apresentado em junho de 2022, foi sugerida uma sobretaxa de 5% para a importação da China e de 8% da Índia, segundo fontes do setor.

 

 

A Abrafas representa quatro indústrias no Brasil — a mexicana PQS (Petroquímica Suape), a americana Unifi, a espanhola Antex (com sede em Curitiba), e a brasileira Dini Têxtil, do interior de São Paulo. Juntas, atendem 25% da demanda nacional pelo fio de poliéster. “Temos capacidade ociosa e com investimentos não expressivos ela pode ser ampliada. Não queremos impedir ninguém de importar, mas que não importem com um preço desleal” afirmou o diretor executivo da Abrafas, José Eduardo Cintra de Oliveira, também ouvido na época em que a Camex suspendeu por um ano a aplicação da tarifa antidumping.

 

 

Agora, a Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tornou público o pedido de reaplicação do direito antidumping com a exigibilidade suspensa por razões de interesse público, nos termos da Resolução GECEX nº 385, de 2022. E abriu prazo de trinta dias, a contar da publicação da Circular (30 de maio), para o recebimento de manifestações sobre o pedido em questão nos autos dos processos mencionados.

 

 

Após obter a prorrogação, em agosto de 2022, a Abicol divulgou esta nota:

 

 

Os impactos negativos de medida antidumping sobre as importações brasileiras de fios texturizados de poliéster, originárias de China e Índia, foram neutralizados por um ano. ABICOL COMEMORA SUSPENSÃO DE APLICAÇÃO DE MEDIDA ANTIDUMPING O resultado da manifestação, de imediato favorável, está confirmado pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), mas vamos seguir acompanhando para que a medida não entre em vigor após uma ano, como publicado na decisão. Aproveitando o ensejo, a Associação Brasileira da Indústria de Colchões – ABICOL, vem a público agradecer ao deputado Federal Carlos Chiodini, pelo empenho no movimento em defesa setor colchoeiro no que tange às importações brasileiras de fios texturizados de poliéster, originárias de China e Índia. Nossos mais sinceros agradecimentos pelo apoio na defesa da indústria brasileira.

 

 

Sobre a ABICOL

 

 

A ABICOL é a primeira associação das indústrias de colchões instituída no país e se formou para agregar os fabricantes do setor em busca de fortalecer a relação com órgãos governamentais, estimular práticas sustentáveis e proporcionar oportunidades para o desenvolvimento do setor.

 

 

Com sede em São Paulo, a entidade que é a mais representativa do setor no Brasil, foi fundada em 2011 e teve Felix Raposo como seu fundador e primeiro presidente, o qual capitaneou a entidade por 2 anos, tendo sido sucedido por Luís Fernando Ferraz nos anos de 2014, 2015 e 2016. Do início de 2017 ao final de 2019 a associação esteve sob o comando de Alexandre Prates Pereira, de 2020 a 2022 o presidente foi Rogério Soares Coelho, que passou o comando ao atual presidente, Rodrigo Miguel de Melo.

 

 

Atualmente, a entidade reúne em seu quadro associativo as empresas que juntas são responsáveis por cerca de 70% da produção nacional de colchões. Além de fornecedores da cadeia colchoeira.

 

 

Serviço:

Site: www.abicol.org

Instagram: @abicoloficial

Facebook: @abicoloficial

YouTube: Abicol_

 

 

By PrimaPauta

Imagem Principal: Ilustrativa

 

 

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