Segundo informações divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos últimos 20 anos houve um aumento de quase 15% na participação feminina na indústria. Entre os segmentos com maior número de contratação de mulheres estão mineração (65,8%), transporte (60,85%) e alimentos e bebidas (49,3%). No entanto, apesar do avanço, os ambientes fabris ainda não são tão igualitários. Inclusive, um estudo realizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) observou que a cada quatro profissionais no setor, apenas um é mulher. 

Diante desse cenário, é possível identificar uma problemática: a ausência feminina na liderança desses espaços. “Em todo o mercado de trabalho há uma desvalorização social da mulher, resultando em desencorajamento e poucas oportunidades de crescimento na carreira, o que torna muito raro a atuação delas em grandes cargos. Essa situação se agrava em locais que contam com uma predominância masculina, como no setor industrial”, diz Giordania R. Tavares, CEO da Rayflex, referência nacional na fabricação de portas rápidas no Brasil e América Latina para a indústria. 

A executiva, que sempre acompanhou de perto a empresa fundada pelo pai, afirma que costuma ser a única líder feminina entre os seus competidores diretos. “Na adolescência, comecei a trabalhar na parte administrativa da empresa até conseguir bagagem para conquistar o meu espaço na diretoria. Durante essa trajetória, não encontrei desafios por ser mulher, mas, fora da Rayflex, vejo que ainda existe o estigma de que somos incapazes. Em alguns momentos há dificuldade de aceitação do posicionamento feminino”, revela. 

Apesar dos desafios encontrados pelo caminho, a gestão de Giordania rendeu bons frutos para a Rayflex. A CEO foi a responsável por construir um centro fabril de  23 mil m² em Mogi das Cruzes, em São Paulo. Além de impulsionar o número de negócios e o índice de negociabilidade com as empresas. “Atualmente, possuímos 35% do mercado, com um faturamento que cresce em torno de 20% ao ano”, pontua. Para 2023, a expectativa é manter esse padrão de crescimento.

A importância da troca de experiências

Do ponto de vista de Giordania, que também é co-autora do livro “Os segredos das empreendedoras de sucesso”, o melhor caminho para diminuir as diferenças de gênero na indústria é a troca de conhecimento. “Vivemos sob muitas camadas do machismo. Por isso, não podemos parar de estimular a troca de conhecimento sobre a igualdade de gênero. Somente com diálogo vamos conscientizar as pessoas de que alguns comportamentos não funcionam mais em um convívio sadio em sociedade. Acredito que não há a necessidade de desvalorização do homem porque o que realmente precisamos é de igualdade”, finaliza. 

Sobre a Rayflex

Criada em 1988, a Rayflex é líder do mercado nacional de portas industriais com fabricação nacional. Atua em todos os estados do Brasil e na América Latina nas indústrias alimentícias, farmacêuticas, automobilísticas, metalúrgicas, no agronegócio, além de galpões e centros logísticos de distribuição. É especializada em porta rápidas, portas, abrigos e niveladoras para docas, desenvolvidos especialmente para isolamento e segurança dos mais variados ambientes industriais. Saiba mais aqui. 

By Mayra Ribeiro | Markable

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