A escrivaninha sempre foi um dos móveis mais versáteis da casa. De apoio para estudos à estação de trabalho, ela ocupa um espaço estratégico nos ambientes e, nos últimos anos, passou a ter papel ainda mais relevante no dia a dia.

Com o avanço do trabalho híbrido e a necessidade de adaptar as residências a novas rotinas, muitas pessoas passaram a enxergar a importância de investir em uma peça que seja funcional e ergonômica, mas que também proporciona personalidade.

"A escrivaninha, hoje, pode ir muito além da função. Ela é um ponto de transição entre a vida profissional e a pessoal, ocupando um espaço que se adapta tanto ao trabalho quanto a momentos íntimos. Por isso, não a vejo apenas como um móvel funcional, mas como uma peça que dialoga com diferentes atmosferas dentro da casa", analisa o designer e arquiteto brasiliense Felipe Zorzeto.

Uma escrivaninha serve como peça coringa para quem precisa de praticidade sem abrir mão de estética. O design bem resolvido faz com que ela dialogue com o restante do ambiente, seja criando um ponto de contraste intencional ou se integrando discretamente ao conjunto do mobiliário.

"O design da escrivaninha impacta diretamente no modo como a pessoa se relaciona com a rotina. Um desenho bem resolvido, que alia proporções corretas, materiais agradáveis ao toque e soluções inteligentes, pode tornar o trabalho mais fluido, acolhedor e inspirador", explica Zorzeto.

Outro ponto que contribui para que esse móvel tenha voltado ao centro das atenções nos últimos anos é a sua multifuncionalidade. "Sem dúvida, a escrivaninha pode ser usada de formas diferentes além do olhar 'padrão' de trabalho ou estudo. Ela pode se transformar em uma mesa de apoio, num espaço de exposição de objetos pessoais ou até num ponto de encontro dentro de casa. O design é o que permite essa versatilidade: superfícies generosas, volumes bem equilibrados e soluções como gavetas ou prateleiras ampliam as possibilidades de uso", complementa.

Atento a essas necessidades, Felipe Zorzeto vem criando escrivaninhas que aliam conforto, proporção e estética com um olhar atento ao morar contemporâneo. Suas criações carregam a essência modernista em uma leitura contemporânea, resultando em peças que combinam linhas puras, estrutura precisa e soluções funcionais que se encaixam em diferentes contextos. Conheça algumas das escrivaninhas de seu portfólio:

ELA

Inspirada no mobiliário modernista dos anos 60, a escrivaninha ELLA combina sua estrutura em madeira maciça torneada com os demais componentes que se apropriam do uso das linhas retas. Um móvel que possibilita diferentes posições de uso, seja paralelo à parede ou solta no ambiente.

Os módulos de gaveta são apoiados na viga de madeira maciça de maneira sutil, transmitindo a sensação de leveza. Os puxadores redondos remetem à sua estrutura torneada e atribuem personalidade ao conjunto.

MIA

O desenho da escrivaninha MIA é livre de excessos e se conforma através das linhas retas. A estrutura recuada das laterais proporciona a sustentação das gavetas em balanço, além de configurar um visual leve e atraente.

A delicadeza dos puxadores redondos com detalhe em latão se contrapõe à aparência ortogonal e traz descontração e sofisticação ao conjunto. O tampo da escrivaninha é espaçoso e possui canaletas para organização do espaço de trabalho.

Para o designer, a escolha da escrivaninha ideal deve considerar função, ergonomia e a relação com o ambiente. O tamanho da peça, por exemplo, precisa ser compatível com o espaço disponível e com o uso pretendido.

"O primeiro ponto ao escolher uma boa escrivaninha é entender a função: será para longas horas de trabalho ou apenas para uso eventual? A partir daí, é importante observar ergonomia, proporção e a relação com o espaço. Também é essencial considerar a posição: a escrivaninha ficará encostada em uma parede ou solta no ambiente, permitindo interlocução? Ela precisa de gavetas para armazenar ou apenas de uma superfície de apoio? Será usada para laptops, PCs ou apenas para escrever e desenhar? Esses detalhes ajudam a encontrar uma peça que realmente se encaixe no cotidiano. Por fim, uma boa escrivaninha deve equilibrar funcionalidade com estética, com materiais de qualidade e acabamentos bem executados", conclui Zorzeto.

Sobre Felipe Zorzeto

Felipe Zorzeto, 28, é designer, arquiteto e urbanista, um criativo inquieto que se dedica a expressar suas ideias por meio da arquitetura, design e arte. Embora seja natural de São Paulo, cresceu em Brasília e assimilou as curvas modernistas da capital como inspiração para cursar Arquitetura e Urbanismo. Atuou em escritórios voltados para a construção civil, arquitetura e design de interiores, mas compreendeu durante o percurso que a sua paixão morava no design de mobiliário, o qual se dedica exclusivamente desde 2018, com a fundação do estúdio Felipe Zorzeto Design. No estúdio, aplica uma abordagem que amadureceu por anos de experiências multidisciplinares, destacando-se sobretudo pela construção de estruturas efêmeras em projetos de cenografia no Brasil, onde o foco era a utilização de materiais renováveis e técnicas sustentáveis. O estúdio possui fabricação própria em Brasília e combina processos refinados, matérias-primas de origem responsável e a valorização do trabalho artesanal para criar peças feitas para durar, comercializadas sob encomenda a partir do próprio canal de e-commerce e também por meio de revendas parceiras.

www.felipezorzeto.com

contato@felipezorzeto.com

@felipezorzetodesign

By Denise Delalamo Comunicação
Foto: Julia Tótoli