Da indústria ao e-commerce: inteligência e estratégia por trás das vendas online

 

 

Não é novidade que o e-commerce teve início no final dos anos 90, com o crescimento da internet e a popularização do uso de cartões de crédito online.

Postado sexta-feira 26/05/2023 por Redação

Da indústria ao e-commerce: inteligência e estratégia por trás das vendas online
Da indústria ao e-commerce: inteligência e estratégia por trás das vendas online

 

Nessa época, as compras online ainda eram vistas com certa desconfiança pelos consumidores, mas gradualmente foram se tornando mais comuns. E para quem é dessa época certamente se recorda de uma das vertentes do e-commerce que ganhou destaque nos anos 2000. O modelo de vendas em grupos de compras coletivas, que permitiam a aquisição de produtos e serviços por um preço abaixo do valor de mercado, desde que um número mínimo de pessoas também comprasse. Essa estratégia ganhou popularidade, especialmente em países como o Brasil, onde as pessoas estão sempre buscando promoções e preços competitivos.

 

 

Após essa fase, o e-commerce passou por uma evolução significativa. Os marketplaces, como o Mercado Livre e a Amazon, por exemplo, surgiram como uma alternativa que oferece uma variedade muito maior de produtos, de diferentes vendedores e marcas, e proporciona uma experiência de compra mais conveniente e personalizada para o consumidor. Além disso, essas plataformas também oferecem ferramentas de pesquisa avançadas e sistemas de recomendação, que auxiliam os consumidores a encontrar produtos relevantes de acordo com seus interesses e necessidades. Podemos perceber que em pouco tempo o mundo das compras virtuais evoluiu. E recentemente a pandemia do coronavírus trouxe para as instituições uma urgência na transformação de seus negócios.

 

 

O período no qual o mundo atravessou acelerou as vendas online, fazendo com que o e-commerce se tornasse uma das principais opções para as pessoas realizarem suas compras. Com as medidas de distanciamento e o fechamento de muitas lojas físicas, as pessoas tiveram que recorrer ao comércio eletrônico até para adquirir produtos que antes não compravam por meio do comércio eletrônico. Esse cenário levou a um aumento significativo no volume online, e muitas empresas tiveram que se adaptar rapidamente para atender à demanda. Nesse contexto, a eficiência e agilidade do e-commerce tornaram-se ainda mais evidentes, e a tendência é que o comércio eletrônico siga em expansão mesmo após a pandemia, à medida que mais consumidores adotam essa forma de compra e as empresas continuam a investir em soluções digitais para atender às necessidades dos clientes.

 

 

O relatório The Global Payments Report 2022 da Worldpay from FIS revelou estimativas interessantes sobre o futuro do e-commerce. O estudo aponta para um crescimento de mais de 55,3% no mercado global até 2025, com um valor de mais de US$ 8 trilhões. Já o mercado brasileiro de comércio eletrônico tem uma previsão ainda mais otimista, podendo alcançar um crescimento de 95% no mesmo período, com transações no valor de até US$ 79 bilhões. Essas projeções indicam uma tendência de expansão do e-commerce, e reforçam a importância das empresas estarem preparadas para essa transformação, investindo em tecnologia e inovação para atender às demandas dos consumidores que estão cada vez mais exigentes, afinal já sabem que podem comprar um produto hoje e receber em casa na manhã seguinte.

 

 

Para ingressar neste universo é essencial estar preparado e ciente dos diversos desafios que se apresentam. Um deles é a necessidade de ter uma equipe qualificada e focada na área dentro da empresa, capaz de lidar com as complexidades do setor e atender às demandas dos consumidores cada vez mais exigentes. Além disso, é preciso oferecer uma experiência de compra que atenda às expectativas dos clientes, que buscam mais flexibilidade e personalização em todas as etapas do processo, desde a seleção do produto até a entrega.

 

 

‘’Para iniciar a jornada rumo ao sucesso no comércio eletrônico, é essencial que as indústrias compreendam por onde começar. A boa notícia é que os modelos de negócio de e-commerce 1P e 3P são bastante versáteis e estão em constante crescimento no Brasil. É importante avaliar qual ou quais desses canais são mais adequados para o seu negócio e traçar estratégias específicas para cada um deles’’, explica Marcos André Klein, Head de Negócios e Marketing da Zerbini do Brasil, e-Distribuidor que foi pioneiro em desenvolver projetos para o mercado digital junto a grandes indústrias.

 

 

“Quando falamos de tendência de futuro para esse canal – que já nem é mais tão futuro – as indústrias começam a migrar e buscar apoio de outras empresas, um parceiro que faça a venda com proximidade com o consumidor. A indústria precisa abastecer o mercado”, explica André Santa, Head de Novos Negócios e Marketing para América Latina na Intellibrand.

 

 

Exemplificando o 1P e 3P

 

 

No marketplace, os sites desempenham uma função crucial de ligação entre vendedores e compradores, recebendo uma taxa pela sua mediação. A estrutura 3P (third-party seller) é extremamente eficiente e proveitosa em comparação com o modelo tradicional de comércio eletrônico - 1P (first party) - no qual as empresas adquirem mercadorias dos atacadistas e comercializam diretamente com os clientes, enfrentando custos onerosos de estoque e distribuição.

 

 

Esclarecendo e exemplificando o modelo 1P e 3P, de forma resumida:

 

 

• 1P (first-party relationship): O modelo de venda 1P refere-se à venda direta de produtos ou serviços ao consumidor final através de uma plataforma online operada pela própria empresa.

 

 

Ex: Uma loja X produz, estoca e vende diretamente para o cliente final.

 

 

• 3P (third-party relationship): O modelo 3P corresponde ao modelo de marketplace pleno. Nele, a empresa converte sua loja virtual em uma plataforma de marketplace, permitindo que outras empresas (sellers) utilizem sua loja para vender produtos.

 

 

Ex: Loja Y permite a outras empresas (sellers) integrarem suas lojas e vendam seus produtos em sua plataforma.

 

 

Alguns benefícios de avançar do 1P para o 3P:

 

 

• Aprimorar a relação e interação entre a empresa e o consumidor

 

• Incremento de fontes de receita para o e-commerce

 

• Fomentar a lealdade e frequência de compra

 

• Aperfeiçoar a experiência de compra do cliente

 

• Obter e analisar dados e informações de seus clientes para compreendê-los cada vez melhor

 

 

Mas o interessante é buscar um equilíbrio entre 1P e 3P. Quando a indústria lança um produto, há toda uma estratégia por trás. Não se trata apenas de colocar o produto à venda a qualquer preço, mas sim de aplicar uma estratégia de mercado bem pensada. “Um dos pontos do trabalho da Zerbini é trazer a confiança que foi construída pela indústria dessas marcas para o mercado 3P. Por isso que hoje precisamos valorizar realmente cada item e valorizar cada estratégia da indústria. Buscamos trabalhar portfólios estratégicos dentro de cada canal”, explica Marcos.

 

 

Em um mercado cada vez mais competitivo, a indústria precisa estar atenta às diversas estratégias de negócios disponíveis atualmente. Olhar para o consumidor é um dos principais componentes dessa abordagem, permitindo que as empresas coletem e analisem dados para obter insights valiosos sobre as tendências do mercado, as necessidades dos clientes e as oportunidades de crescimento. Encontrar parceiros de negócios estratégicos  pode ajudar as empresas a desenvolver medidas eficazes para melhorar a eficiência operacional, aumentar a produtividade, reduzir os custos e expandir seus negócios no comércio online. Dessa forma, a combinação desses fatores podem ser a chave para o sucesso e a sobrevivência das empresas em um mercado cada vez mais desafiador.

 

 

By Dayanne Vieira | Growth Comunicações

Imagem Principal: Ilustrativa

 

 

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