Quando falamos e, principalmente, ouvimos sobre Cross Border Direct to Consumer (D2C), é muito comum associarmos de imediato aos mercados internacionais, uma vez que é muito mais habitual observarmos marcas estrangeiras utilizando o modelo de negócio, assim como os consumidores do exterior, que costumam ter mais aderência a esse tipo de transação.
 

De forma muito simples e prática, o Cross Border D2C envolve a logística de um produto de um país para outro, incluindo todas as questões regulatórias. Além disso, o modelo de negócios é responsável por toda a experiência de compra local, logística “porta a porta”, regulatório, soluções financeira, Go-to-market, além de oferecer todo o compliance do processo de ponta a ponta para o vendedor (seller) e o cliente (shopper).
 

Segundo dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCoom), a previsão de crescimento para o e-commerce em 2023 é de R＄ 185,7 bilhões, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior. O dado indica que os brasileiros estão passando a confiar e, consequentemente, optar, cada vez mais, pelas compras virtuais - o que é ótimo para as marcas que desejam ampliar a sua a demanda de produtos e serviços.

Com a força das compras online, algumas modalidades estão ganhando força no setor e atraindo a atenção dos consumidores, e é neste momento que o Cross Border D2C pode ser a chave de ouro para as empresas que querem ampliar seus negócios, justamente porque o modelo de negócio oferece toda a transparência e compliance que as marcas precisam para realizar o serviço de forma segura, rápida e eficaz, cumprindo todos os requisitos necessários para o processo.
 

Com o Cross Border D2C, é possível tangibilizar o processo de compra e venda, tornando mais eficiente, além de gerar oportunidades em todas as pontas do negócio, realizando uma conexão global entre as partes envolvidas. Além disso, acredito que nós, brasileiros e consumidores, estamos cada vez mais preocupados em como podemos nos beneficiar durante as compras. Por isso, é essencial que as marcas possam compreender a importância do negócio e de suas infinitas possibilidades para os varejistas, assim como para os usuários, já que torna a compra de produtos do mundo todo cada vez mais acessível.
 

Particularmente, eu confio muito no potencial do Brasil para alcançar o patamar de outros mercados, visto que estamos caminhando a passos largos para termos cada vez mais soluções capazes de suprir as dores e necessidades dos consumidores. O anuário E-commerce Trends 2023, realizado pela Octadesk, em parceria com a Opinion Box, indica que 61% dos brasileiros preferem comprar no e-commerce ao invés de irem às lojas físicas. Eu diria que essa é a oportunidade que tanto precisamos para atrair a atenção dos clientes e, posteriormente, fidelizá-los a longo prazo. Afinal, onde há espaço, existem oportunidades.

Tenho plena convicção de que o Cross Border D2C ficará cada vez mais reconhecido pelas marcas, assim como para os consumidores, como um modelo de negócio seguro, transparente e eficaz, com mais brasileiros utilizando o conceito para ter acesso aos produtos de todo o mundo. Se você tem curiosidade pelo setor, eu diria que este é o momento exato para adentrar o ecossistema e conhecer a fundo todas as oportunidades oferecidas pelo mercado. Tenho certeza que irá se apaixonar!
 

*Rafael Sant’Anna é CEO e fundador da retailtech e-CROSS, única solução cross border D2C end-to-end para a América Latina.

By  Grasieli Aline de Souza | Oliver Press

Imagem: Divulgação