O relatório é realizado pelo IEMI junto a fontes oficiais de pesquisa com exclusividade para a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), trazendo indicadores de produção, emprego, investimentos, comércio exterior, vendas ao consumidor final e outras informações estratégicas.

A indústria moveleira nacional alcançou o melhor resultado do ano em volume produzido no mês de novembro de 2022, quando foram fabricadas quase 34,2 milhões de peças. O aumento foi de 6,9% em relação ao mês anterior, quando a produção de móveis e colchões já apontava para uma retomada de desempenho.

Dessa forma, o acumulado no ano caiu de -17,8% até outubro para -17,2% de janeiro a novembro. Em 12 meses, a produção industrial no setor acumulava -18,0%.

Quando falamos da receita da indústria de móveis em 2022, esta alcançou o montante de R$ 6,5 bilhões em novembro. Um novo aumento considerável de 6,1% em relação ao mês anterior. Com o acumulado de janeiro a novembro ficando, então, em -11,5%.

O consumo aparente de móveis e colchões no mercado interno foi de 33,3 milhões de peças no penúltimo mês do ano. Número que representa um aumento de 6,2% em relação a outubro. No acumulado de janeiro a novembro de 2022, a queda foi de 17,0%, quando comparado com o mesmo período em 2021. A participação dos produtos importados sobre o consumo interno nacional foi de 2,9% em novembro.

Por falar nas importações do setor no último mês de novembro, estas alcançaram o valor de US$ 17,5 milhões, queda de 7,5% em relação a outubro. Já em dezembro, as importações somaram US$ 16,4 milhões, nova queda de 6,5% em relação ao mês anterior.

As exportações de móveis brasileiros, contudo, tiveram leve avanço de 0,5% em novembro, registrando US$ 67,6 milhões em negócios. Na passagem de novembro para dezembro, porém, a queda foi acentuada, -10,8%, ou seja, US$ 60,3 milhões em valores exportados.

Quando se trata da Balança Comercial no setor de móveis, apesar da queda nas exportações no último mês do ano, esta permaneceu favorável em 2022, acumulando superávit estimado de US$ 678,3 milhões ao longo do ano (janeiro a dezembro).

Impacto inflacionário no setor de móveis
Outra novidade positiva trazida pela nova edição da “Conjuntura de Móveis” é a assinalação de queda no preço médio de produção de móveis, que ao recuar 0,71% em novembro, ficou em R$ 190,06 por peça.

Apesar de cair apenas 0,86% no ano, a tendência de queda nos preços de produção nos últimos meses na indústria, pode vir a trazer algum alívio também na ponta, com o impacto inflacionário sobre os preços dos móveis no varejo fechando o ano com uma carga de +18,38%, pesando na decisão e no poder de compra do consumidor brasileiro.

O preço médio dos móveis no varejo, segundo levantado pelo IEMI para a ABIMÓVEL, foi de R$ 270,54 por peça em novembro de 2022, queda de 0,43% frente ao mês anterior. Em dezembro, porém, o preço do mobiliário voltou a subir: +1,57% comparado com novembro, chegando a R$ 274,79 por peça.

Já o preço médio dos colchões no varejo atingiu R$ 585,76 por peça em novembro de 2022, apresentando queda de 2,51% em relação a outubro. No último mês do ano, por sua vez, houve leve aumento de 0,8% sobre novembro, ficando assim em R$ 586,23 por peça.

Apesar dos preços altos devido à carga inflacionária sobre o setor, o volume de vendas de mobiliário no varejo nacional foi de 34,5 milhões de peças no penúltimo mês do ano. Desempenho que representou uma alta de 20,2% na passagem de outubro para novembro de 2022. Com o acumulado no ano caindo de -11,4% para -11,1% até novembro.

Em valores, as vendas de móveis foram de R$ 10,4 bilhões em novembro: alta de 19,7% na comparação com outubro e registrando aumento de 2,6%.

Veja agora um resumo dos principais indicadores do setor moveleiro nos meses de novembro e dezembro de 2022:

CONJUNTURA DE MÓVEIS

Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.

Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.

Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados de 2022, em: http://abimovel.com/capa/acervo-digital/

By Thais Laurindo | Assessoria Abimóvel