Conheça as vantagens da torre quente na cozinha
Realizada como uma estrutura de marcenaria, o projeto é executado no projeto para abrigar os eletrodomésticos que produzem calor, como forno e micro-ondas;
A arquiteta Marina Carvalho explica as vantagens e a funcionalidade do móvel
Postado segunda-feira 29/08/2022 por Redação
Categorias: Design Arquitetura Tendências
Com o aumento do número de eletrodomésticos nas cozinhas atuais, a compactação dos espaços e organização inteligente se tornaram imprescindíveis. Porém, existe um móvel que oferece essas características facilitando a vida dos moradores: trata-se da torre quente, uma peça em marcenaria executada especialmente para posicionar fornos elétricos e o micro-ondas. O objetivo é deixar o ambiente ainda mais moderno, propiciando praticidade no preparo das receitas.
“Uma das grandes vantagens da torre quente é a setorização do layout e o ganho de mais armários, já que a peça está diretamente ligada à marcenaria. Além de otimizar o espaço dos eletrodomésticos, seu posicionamento é pensado para um manuseio confortável e seguro”, afirma a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva o seu nome. Na concepção 100% planejada e esteticamente bonita, ela explica que todos os equipamentos devem compor a estrutura da marcenaria.
Tipos de torres quentes
Por mais que a torre quente seja composta por estrutura simples, é possível encontrar diferentes modelos. Para acertar na escolha, é preciso conhecer as características de cada da cozinha para analisar qual o melhor tipo que atenderá as demandas. Acompanhe:
Torre planejada: Não há dúvida que os móveis planejados são a melhor opção quando o assunto é aproveitar os espaços de forma eficiente. Esse modelo de torre quente, por exemplo, possibilita que ao profissional de arquitetura planejar o móvel de forma que atenda às necessidades e demandas da rotina da família, definindo as medidas exatas para os eletrodomésticos e a inclusão de nichos que auxiliam na organização;
Torre modulada: Para quem não dispõe de uma cozinha planejada, configura-se como uma alternativa para aproveitar os espaços e gastar pouco. Contudo, a torre quente modulada pode não se encaixar em ambientes pequenos, mas é possível comprar os móveis separadamente para sua montagem. “Para tanto, basta tirarmos, com exatidão, as medidas disponíveis para sua instalação”, orienta a arquiteta;
Torre com gavetas: Seja planejada ou modulada, é fundamental que esse móvel possa entregar uma ‘algo a mais’ para a cozinha. Assim, a incorporação de gavetas na parte inferior é super bem-vinda.
Onde posicionar a torre quente na cozinha?
Não existe uma regra para posicionar a torre quente, pois tudo depende exclusivamente do layout da cozinha e como os eletrodomésticos estarão distribuídos. Entretanto, a referência é encontrá-la próximo à bancada da pia, geladeira ou em alguma das extremidades do ambiente. “Mas sempre considerando a prerrogativa de incluir em um local voltado para facilitar as atividades. Do contrário, a localização incorreta incorrerá em dificuldades para sua utilização”, adverte a profissional.
Ela ainda lembra que a melhor disposição de uma cozinha é acompanhada pelo formato de um triângulo, onde cada uma das pontas está: pia, geladeira e forno/cooktop. Assim, considerando a praticidade, a torre quente deve estar próxima a algum desses pontos. “Na concepção do nosso escritório, a torre quente é mais indicada para cozinha maiores, pois com ela perdemos espaço de bancada de pedra, fundamental para um bom aproveitamento da área como um todo”, relaciona.
Medidas ideais de uma torre quente
Como uma das principais vantagens da torre quente é compactar os espaços da cozinha, avaliar as medidas para o encaixe perfeito é fundamental. Primeiramente, o ideal é que os eletrométricos como forno elétrico e micro-ondas respeitem em uma distância de, no mínimo, 90 cm do piso, pois além de propiciar mais segurança, a medida oferece uma boa altura para o manuseio dos moradores.
No que diz respeito à largura e profundidade, 60 cm é o parâmetro. “Vale lembrar também que medidas de largura podem variar. A definição deve acontecer após a verificação do manual do eletrodoméstico, evitando que aconteça qualquer problema posterior. Sem contar que não podemos deixar de lado um respiro para a ventilação”, destaca Marina.
Torre quente: uma aliada da decoração
A torre quente também tem o seu valor estático dentro da cozinha, uma vez que alinhada com o layout do ambiente agrega ainda mais na decoração, deixando o local visualmente mais atrativo. Elas podem ter acabamentos de diversos materiais como a, madeira, mdf, laca – sempre escolhidos de acordo com o estilo do projeto. Porém, Marina lembra que, na maioria dos casos, a torre quente é executada em madeira. “Considero a decisão mais interessante, uma vez que os equipamentos devem fazer parte da marcenaria. Só assim conseguimos ter uma cozinha 100% planejada e esteticamente maravilhosa”, acrescenta.
Fique atento à segurança
Para não ter nenhum tipo de dor de cabeça, é importante que o morador fique atento ao planejamento da torre quente. Por conta do número de eletrométricos que serão reunidos em um mesmo local, é fundamental dar uma atenção maior para as questões de segurança de cada aparelho. Para qualquer tipo de eletrodoméstico, é imprescindível ler com atenção o manual para que a instalação seja feita de maneira correta e segura.
Outro ponto que não pode ser deixado de lado são os espaços de respiro. Eletrodomésticos de mesa não são os melhores amigos da geladeira e não devem dividir a vizinhança. Por fim, a altura dos aparelhos também é importante, já que se estiverem muito altos, podem acabar ocasionando acidentes na hora da retirada dos alimentos quentes. Por isso, é necessário considerar uma altura confortável e segura para os moradores da casa.
Sobre a arquiteta Marina Carvalho
Graduada pela faculdade de Arquitetura e Urbanismo, com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos na Fundação Getúlio Vargas, no início de sua carreira, Marina de trabalhou no Estúdio Penha, e, posteriormente, com Arthur Casas, onde ocupou por muitos anos um cargo de coordenadora em uma das maiores incorporadoras da América Latina. Esta etapa foi importante em sua carreira pois lhe deu a percepção de que sua verdadeira realização só viria quando pudesse levar às pessoas tudo em que eu acreditava.
A decisão de montar seu próprio escritório aconteceu após passar uma temporada morando em Londres, o que aumentou sua inquietude. Marina, que acumula cursos em seu currículo, entre eles, o técnico de Design de Interiores do Senac, entre outros (iluminação, fotografia, paisagismo, cenografia), optou pela liberdade de fazer aquilo em que acreditava por meio de um projeto autoral.
Atualmente a arquiteta trabalha no escritório que leva o seu nome, Marina Carvalho Arquitetura. Para ela, perceber nos olhos do cliente o sentimento de alegria e satisfação no dia da entrega é o que a faz acordar feliz todos os dias.
www.marinacarvalho.com
(11) 4324-4555
@marina.carvalho.arquiteta
By Leonardo Sandoval
Imagem: Evelyn Müller
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