Como definir o piso mais adequado para o jardim?

Junto com a proposta do paisagismo, que envolve a seleção das espécies de plantas, vasos e mobiliários, o piso certo deve atender características do projeto e necessidades específicas relacionadas, entre outros pontos, com a segurança dos usuários

Postado segunda-feira 29/08/2022 por Redação

Categorias: Design Tendências

Como definir o piso mais adequado para o jardim?
Como definir o piso mais adequado para o jardim?

Na lista de elementos a serem escolhidos para um jardim, além das espécies, o piso é um dos elementos mais importantes do projeto. Pensando no contexto da segurança, bem como aspectos específicos relacionados à indicação de uso e o tipo de cuidado, o profissional de arquitetura e paisagismo dedica uma atenção exclusiva para não errar na escolha.

Experientes e parceiros de longa data, a dupla de paisagistas Catê Poli e João Jadão se reuniu mais uma vez e atualmente participação da 35ª edição da CASACOR São Paulo com a Praça Paulista Augusta. Pautados na realização da proposta de um jardim indoor, acompanhe as dicas compartilhadas pelos dois:

 


Unir função e decoração

 

Jardins são espaços verdes planejados – por isso, nada mais justo do que fazer a análise da área onde será construído. Segundo os profissionais, é fundamental verificar questões como:

 

· Dimensões;

· Espaços abertos ou fechados;

· Perto de piscinas e áreas gourmet;

· Frequência da circulação de pessoas e animais.

 

Feito isso, o projeto passa a considerar os materiais que serão utilizados para compor o ambiente, sempre prezando pela preocupação de oferecer aos usuários um espaço bonito e bastante seguro. “É preciso especificar um piso que combine com a proposta de onde ele será inserido, seja de uma residência ou de um espaço público. Como premissa, gosto de trabalhar com pisos antiderrapantes como estratégia para mitigar o risco de acidentes em áreas molhadas e externas. O cuidado é com todos, mas é preciso se prevenir ainda mais com o público idoso, crianças e pets”, enfatiza Catê Poli.

 

Confira algumas indicações de produtos.

 

· Pisos de pedra

Considerados como queridinhos, este tipo de piso é eterno e resistente, possui um ar mais natural e agradável, são pisos de texturas antiderrapantes com formas variadas e alta absorção de água. Entre as variedades que demandam baixa manutenção, a longo prazo, estão o granito, ardósia, pedras portuguesa e goiás, entre outras;

 

· Cimentício

Estes são os mais contemporâneos e os mais econômicos, possuem textura antiderrapante, são fáceis de limpar e contam com modelos atérmicos, que são ideais para áreas abertas. O único contratempo a ser evitado são as infiltrações, que devem ser evitadas com um processo acertado de execução;

 

· Porcelanato

Por conta de seu processo industrializado, agrega sofisticação por conta do seu viés decorativo. Com uma ampla gama de modelos e faixas de preços, a longo prazo pode dificultar a substituição de alguma peça, caso seja tirado de linha pelo fabricante. Por isso, é indicado guardar um pequeno percentual a ser empregado em uma eventualidade;

 

· Cerâmicos

Bastante tradicionais, esses pisos geralmente tem tons terrosos e são atemporais. São porosos e tem aspecto bem natural. Vão bem em áreas externas clássicas, mas também se encaixam nas modernas e contemporâneas por ser um piso que não cai de moda.

 

Pisos para quem tem pets em casa

 

Com a presença de animais de estimação em casa, João Jadão adiciona a saúde dos pets como um ponto adicional a ser considerado. “É uma questão que envolve não só a locomoção deles como, também, a higiene”, comenta. Assim, deve-se evitar pisos de madeira, pisos laminados e de porcelanato polido, que podem manchar e riscar com muita facilidade. Revestimentos lisos ou muito ásperos podem machucar as patas do animal. “Em áreas externas, eu também indico o uso de grama natural ou artificial. Essa definição vai depender do tipo de manutenção pretendida pelos clientes”, finaliza Jadão.

 

 

Sobre Catê Poli

Arquiteta e urbanista de formação e paisagista desde seu primeiro estágio em 1990, Catê Poli atuou em diversos escritórios de São Paulo até se lançar em trabalho solo em 1998. No escritório Catê Poli Paisagismo, elabora projetos de paisagismo e arquitetura de exteriores – desde pequenas casas até grandes fazendas e haras. Esteve presente nas edições 2007, 2008, 2011, 2018 e 2021 da CASACOR São Paulo. Catê é atualmente colunista do site da revista Casa e Jardim.

(11) 99622-8718 | www.catepoli.com.br

@cate_poli_paisagismo

 

Sobre João Jadão

Paisagista especializado em arquitetura da paisagem, João Jadão criou em 1987 a empresa Planos e Plantas. Tem expertise tanto na área de projetos quanto em execução de jardins de pequenos a grandes portes. Além de trazer no currículo diversas premiações nacionais, o escritório, em 2015 e 2016, assinou projetos vencedores internacionalmente, em Portugal e Espanha. É a quinta vez que João Jadão participa da CASACOR São Paulo, e atualmente responde como vice-presidente da Associação Nacional de Paisagismo (ANP).

(11) 98115-3399 | www.joaojadao.com.br

@joaojadao.paisagismo

 

 

By Emilie Guimarães 

Imagem: Renato Navarro 

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