Como a integração entre varejo e indústria pode alavancar as vendas
No último dia do Involves Experience especialistas trouxeram exemplos de como a colaboração pode maximizar resultados
Postado segunda-feira 17/10/2022 por Redação
Categorias: Feiras e Eventos Notícias Tecnologia Indústria Empreendedorismo
As perspectivas de consumo para o último trimestre do ano são otimistas com Black Friday, Copa do Mundo e festas de final de ano. Os dados foram apresentados pela Nielsen BR durante o segundo dia do Involves Experience, maior experiência em trade marketing da América Latina, nesta sexta-feira (14), em São Paulo. Criar estratégias com base nas sazonalidades e integrar os Pontos de Vendas físicos com operações digitais são tendências que varejistas e indústrias precisam se atentar para potencializar os resultados.
Segundo Daniel Asp Souza, gerente de relacionamento com varejo da Nielsen BR, a projeção para 2022 de crescimento do PIB em 2,7%, a redução do desemprego, a queda da inflação nos últimos meses e o avanço da confiança do consumidor no curto prazo são fatores que impactam diretamente o varejo. Mas, a tendência de consumo muda dependendo da data, canal utilizado e categoria. "A Black Friday tem maior destaque no canal online do que no offline e costuma vender três vezes mais que a média. Em geral, 30% das vendas são feitas por redução temporária de preço, mas na semana da Black Friday, esse número aumenta para 47%. Por isso, as marcas precisam estar ativadas", disse.
Enquanto os eletrônicos, principalmente telefonia, e produtos com custo mais alto tendem a performar melhor na Black Friday e de forma online. A venda de cerveja, carnes e congelados têm incremento de vendas no Natal e Ano Novo. "O consumidor está voltando a mixar canais. As missões de compra estão muito claras, então a execução em canais distintos precisa ser diferente", avaliou.
Com essa demanda do shopper por experiências de compras em ambientes virtuais, impulsionado muito pela pandemia, o varejo e a indústria precisaram integrar o PVD físico com as operações digitais. O tema foi destaque na fala de Maggie Aquino, diretora de operações de e-commerce do Grupo Carrefour Brasil, e Luiza Fontana, Head de e-commerce da Heineken Brasil.
Enquanto a indústria olha para os parceiros varejistas, seja um supermercado, restaurante ou delivery, o varejo precisa construir toda a jornada, desde o momento da compra até a entrega ou retirada do pedido pelo cliente. "No entanto, não adianta o pedido ser feito de forma digital e por trás alguém fazer o pedido físico. Os times precisam conversar. Muitas vezes, a demanda que está no ponto físico pode ser atendida por algum last mile, como um iFood ou Rappi. Ou seja, está no ponto físico, mas a jornada começou no digital. Por isso, se os times não conversarem para saber se tem ou não estoque, pode-se criar uma demanda enorme e a ruptura de carrinho é terrível", disse Luiza Fontana.
O risco de ruptura também ocorre no digital. Segundo Maggie, se um cliente acessa o aplicativo da loja e o produto escolhido não tiver foto ou a descrição estiver incorreta, a compra pode ser perdida e a pessoa até deixa de usar o aplicativo. "Por isso, precisamos estabelecer agendas mais próximas entre varejistas e indústrias para construção de portfólio e execução virtual de produtos", reforçou.
Tecnologias de execução integradas
Não é preciso apenas mais colaboração entre indústria e varejo. Cada setor tem o desafio de implementar tecnologias de execução integradas. João Giaccomassi, gerente Executivo de Produto da TOTVs, comentou que o varejo supermercadista saiu das vendas de balcão, com contato direto com o cliente, para o autosserviço alimentar. No entanto, isso acabou dificultando o conhecimento do consumidor. Foi preciso buscar por tecnologias que ajudassem a digitalizar os processos para trazer novamente estas informações, como softwares para relacionamento com os clientes e para gestão da empresa..
"O ERP surgiu pela necessidade de integrar os sistemas das empresas, software que consegue ter as informações de todos departamentos. Hoje em dia não dá para pensarmos que um único player será capaz de atender a todas as necessidades que existem. Temos que cada vez mais criar canais de integração que ligam diversos sistemas”, explicou.
Luiz Dalcanale, diretor de Operações dos Supermercados Myatã, apresentou a evolução que a rede passou nos últimos anos ao digitalizar seus processos, adotando ferramentas. "O meu core business é venda. Eu sou do varejo, e esse é o ponto que falta para muitas empresas, pois eu não tenho recursos nem time para pensar em integração. Teria que disponibilizar um recurso gigantesco, muito fora do meu objetivo para eu conseguir ter uma fração do resultado que conseguiria fazendo uma parceria com a TOTVs e a Involves, por exemplo".
André Krummenauer, CEO e co-founder da Involves, a empresa tem um papel relevante de protagonismo exatamente por atender os dois lados: indústria e varejo. "Nascemos como uma solução verticalizada que resolve problemas específicos e temos hoje a possibilidade de construir essa ponte entre os dois E é justamente o que queremos trazer com o conceito de Execução 4.0, que é essa colaboração, troca de dados para alcançar o mesmo objetivo", concluiu.
By Rachel Gallois
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