Comitiva paraguaia apresenta oportunidades de negócios a empresários paranaenses, inclusive para moveleiros
Comitiva paraguaia apresenta oportunidades de negócios a empresários paranaenses, inclusive para moveleiros
Encontro promovido pela Fiep contou com a presença do ministro da Indústria e Comércio do país vizinho e reuniu industriais de vários setores
Empresários paranaenses conheceram, nesta quinta-feira (23), em encontro promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), oportunidades de negócios no mercado paraguaio. O evento contou com a presença de uma comitiva do país vizinho, liderada pelo ministro de Indústria e Comércio, Luis Castiglioni, que afirmou que o Paraguai é um destino seguro para investimentos e defendeu a ampliação das relações econômicas com o Brasil e o Paraná.
“O Paraguai é um país de oportunidades para todo o mundo, mas principalmente para países vizinhos, aliados estratégicos e irmãos, como o Brasil”, declarou o ministro. “Somos conscientes de que precisamos nos desenvolver juntos, fomentando o comércio e os investimentos conjuntos, de um e de outro lado. O Paraná é uma potência por todos os pontos de vista, é um estado que oferece milhares de oportunidades. Podemos aliar nossos setores privados e nossos empresários. Para isso, no ministério estamos de portas abertas para recebê-los e ajudá-los em tudo no mercado paraguaio”, completou.
Castiglioni apontou a estabilidade econômica como um dos principais motivos para que empresas paranaenses atuem no mercado do país. Segundo ele, isso é fruto de um processo de reformas iniciado há quase 20 anos, com destaque para uma reforma tributária realizada em 2004. “O que temos agora nos coloca como uma das economias mais previsíveis e estáveis não só da região, mas de todo o hemisfério. Temos um modelo de desenvolvimento econômico caracterizado pela estabilidade macroeconômica e financeira, e nesse modelo impera a liberdade econômica para que as empresas e os empresários possam desenvolver toda sua capacidade e criatividade”, disse.
Segundo ele, as empresas paranaenses podem vislumbrar oportunidades de negócios no Paraguai tanto vendendo seus produtos para o mercado local quanto investindo em plantas industriais que complementem suas cadeias produtivas, aproveitando as condições diferenciadas para produção no país. “Não há melhor maneira de distribuir riqueza do que pela cultura do trabalho. Por isso se criaram leis que facilitam a instalação de empresas que possam gerar empregos e trabalho no Paraguai”, afirmou.
O vice-presidente da Fiep, Alcino de Andrade Tigrinho, que representou a entidade no evento, concordou que existe uma grande margem para ampliar as relações comerciais entre Paraná e Paraguai. “Precisamos viabilizar uma troca de negócios de nossas empresas com empresas paraguaias. Por isso é muito importante ouvir os amigos do Paraguai, especialmente por estarmos retomando os encontros presenciais”, disse. Ele ressaltou que, entre os participantes do encontro, estavam representantes de indústrias de diversos setores, como alimentos e bebidas, construção civil, máquinas e equipamentos, automotivo, químico e moveleiro, além de empresas de logística e serviços.
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Vantagens
Durante o evento na Fiep, Estefania Laterza, vice-ministra da Rediex, agência de promoção de investimentos ligada ao Ministério da Indústria e Comércio paraguaio, apresentou as particularidades para empresas que querem investir no país. Segundo ela, o Paraguai pode ser usado como uma plataforma para indústrias que queiram se internacionalizar, explorando não apenas o mercado local, mas também, a partir dali, vendendo seus produtos para outros países ou blocos econômicos. “O Paraguai pode ser uma ponte interessante para acessar outros países da região”, disse, destacando ainda que existem oportunidades para empresas de todos os portes, não apenas para as grandes.
Além da estabilidade econômica citada pelo ministro, Laterza ressaltou outros aspectos que, segundo ela, fazem do Paraguai um local confiável para investimentos. Um deles é a segurança jurídica. “Temos disciplina macroeconômica. Se definimos uma regra, essa regra fica, tudo está bem regulamentado de forma estável. Esse é o caminho para conseguir investimentos e negócios”, explicou.
A vice-ministra também apresentou alguns dos principais mecanismos que oferecem vantagens às indústrias que se instalam no Paraguai. Um dos principais é o chamado regime de Maquila, em que empresas que produzem no Paraguai com foco em exportações – inclusive para o Brasil e outros países vizinhos – pagam um imposto único de 1% ao comercializar seus produtos. Já indústrias que pretendem usar o país como plataforma de exportação para outros países ou blocos econômicos, podem ser inseridos no sistema de Zona Franca, em que o imposto único cai para 0,5%. Outra vantagem é que, nos dois casos, não há incidência de tributos para a importação de matérias primas.
Laterza fez questão de ressaltar, também, que o objetivo dessas políticas não é fazer com que indústrias brasileiras deixem o país e transfiram toda sua produção para o Paraguai. “Propomos uma integração real baseada na complementariedade. Não queremos que as indústrias deixem o Brasil e se transfiram para o Paraguai. Queremos trabalhar em um esforço compartilhado para ter uma relação de ganha-ganha para todo mundo”, disse. Ela apontou, ainda, os setores que têm apresentado maior crescimento no Paraguai nos últimos anos, oferecendo mais oportunidades para os empresários. São eles: alimentos e bebidas, têxtil e confecções, autopeças e manufatura, farmacêutico e químico, biocombustíveis e energias renováveis, carnes e derivados, produtos florestais e floricultura, além de indústrias criativas e serviços.
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Oportunidades
O encontro teve também uma apresentação do adido comercial do Paraguai no Brasil, Sebastian Bogado, que detalhou a balança comercial entre o país e o estado, afirmando que existe espaço para ampliar o fluxo de mercadorias. “Gostaríamos de ter no Paraguai mais produtos paranaenses e mais produtos paraguaios no Paraná”, afirmou.
Além disso, representantes da Câmara de Comércio Paraguay-Brasil (CCPB) apresentaram demandas emergenciais de algumas empresas associadas que atuam no Paraguai. Essas companhias têm interesse em encontrar fornecedores de itens que vão desde produtos de higiene e cosméticos até aço e outros componentes utilizados na construção civil, abrindo oportunidades imediatas para empresas paranaenses que já atuam com exportações.
Por fim, o empresário Milvo Zancanaro, proprietário da Gelnex, indústria catarinense que em 2021 iniciou a operação de uma fábrica no município paraguaio de Minga-Guazú, fez um relato de sua experiência no país. Especializada na fabricação de gelatina e colágeno, comercializando seus produtos para indústrias de mais de 60 países, a Gelnex tinha a previsão de contratar 80 colaboradores no Paraguai, mas hoje conta com 172 e já tem planos para ampliar suas instalações.
“Precisávamos nos internacionalizar, tinha muita gente indo para a China, mas depois de muitas viagens decidimos que o Paraguai era o melhor lugar”, contou Zancanaro. Ele explica que uma das principais vantagens ao se instalar no Paraguai foi que a Gelnex obteve, em tempo recorde, a habilitação necessária para exportar para a União Europeia e países como Estados Unidos e Reino Unido. O empresário destacou, ainda, a qualidade dos trabalhadores paraguaios. “O Paraguai tem uma população muito jovem e essa mão de obra, sendo treinada, é excelente”, afirmou.
By Imprensa FIEP
Imagem: divulgação
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