Com primeiro aporte financeiro, Archa trabalha para ser principal referência de inteligência do mercado de arquitetura
Startup recebe investimento de R$ 3,5 milhões e busca ampliar sua atuação. A plataforma, que atualmente acompanha o cliente até a fase final do projeto conceitual, pretende estender para a compra inteligente de produtos
Postado domingo 10/09/2023 por Redação
Após receber recursos em torno de R$ 3,5 milhões, por meio de uma rodada de investimentos liderada pela Ace Ventures e pela TM3 Capital, através do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses1), a Archa, plataforma de serviços de arquitetura e design de interiores, começa a tirar do papel seu plano de crescimento que, mais do que aumentar as vendas, visa fazer da empresa a principal referência em seu ramo de atuação. Conhecida por suas ferramentas que auxiliam os profissionais durante todas as fases de um projeto, este é o primeiro aporte recebido pela empresa, que quer expandir sua atuação como principal consultoria de dados para indústria e o varejo, fornecendo insights automatizados e vendas inteligentes para o mercado. A Soma VC e o Grupo Mocelin complementaram a rodada.
Com o caixa reforçado e a possibilidade de novas rodadas, o CEO e um dos fundadores da Archa, Raphael Tristão, quer trilhar caminho semelhante ao da XP Investimentos. “Vamos fazer no mercado de arquitetura e design o que a XP fez pelo mercado de investimentos”, afirma. E o primeiro passo já foi dado. A empresa acaba de anunciar a aquisição da HAUS, a maior referência em conteúdo sobre arquitetura e imóveis do Sul do Brasil. Com este movimento, a Archa passa a gerir as marcas HAUS e Let’s Arch, tornando-se a maior plataforma para profissionais e empresas do setor no país pagando um dividend yield acima do rendimento dos bonds.
Hoje, a Archa conta com mais de 87 mil arquitetos cadastrados. A startup tem quase R$ 1 bilhão em produtos especificados dentro do Archabox, seu assistente digital inteligente que auxilia arquitetos e designers a selecionarem diferentes produtos para o consumidor final. Apesar da abrangência, a Archa se relaciona com sua clientela até o momento da conclusão do projeto, não acompanhando a parte de execução. E é aí que estaria o pulo do gato, na visão do sócio da Ace, Pedro Carneiro.
“Embora a Ace tenha como foco startups em estágio inicial, a tese de expansão e a validação de novos produtos concebidos pela Archa se encaixam perfeitamente naquilo que procuramos. É a estratégia de entrar em contato com parceiros, que são os fabricantes dos produtos que os arquitetos especificam na plataforma. Entendemos que esse ângulo específico de trabalho tem o perfil que a gente busca, de um negócio em fase inicial, que está sendo validado e que tem potencial de crescimento rápido”, explica.
Para facilitar a compreensão, atualmente a Archa acompanha o arquiteto do início ao fim do projeto. Acontece que, para cada projeto desenvolvido dentro do ambiente virtual da empresa, um arquiteto, sozinho, gerencia cerca de R$ 1 milhão em produtos que o cliente compra para o imóvel, segundo projeção feita pelo CEO da Archa.
“Um ponto importante é que quase 40% dos arquitetos registrados no Brasil estão cadastrados na Archabox. É um nível de relacionamento com um setor do mercado muito difícil de encontrar. Então, nosso objetivo ao investir é auxiliá-los a gerar mais valor para este público, formado por profissionais da arquitetura”, diz Carneiro.
O objetivo é oferecer uma tecnologia que possa empoderar o arquiteto em sua relação comercial com seus clientes, onde fabricantes e comerciantes possam oferecer produtos e outras empresas, como fintechs, por exemplo, possam oferecer serviços financeiros, seguros e créditos.
O foco inicial dessa nova fase, segundo a Archa, é o próprio arquiteto, considerado o cliente principal da plataforma. Mas numa segunda camada, o cliente do escritório de arquitetura também é atendido através das concorrências digitais de projetos que qualquer cliente pode criar no site do Studio Archa e que reforça a mudança de cultura e o aumento da profissionalização das obras e reformas dos brasileiros.
Segundo Tristão, entre 8% e 11% dos clientes brasileiros que fazem reformas ou construções contratam arquitetos. Isso leva a startup a ter como desafio galgar um volume mais expressivo de consumidores que contratam um serviço profissional. Porém, o Brasil ainda está muito atrás de países de porte econômico similar, como o México (22%) e a Turquia (24%), por exemplo, nessa relação de contratação de profissionais.
“Por isso, a gente entende que é preciso empoderar as relações comerciais dos arquitetos para vencermos esse desafio. Querendo ou não, o profissional é o funil do setor. Enquanto o consumidor final faz uma reforma a cada sete a dez anos, o arquiteto tem entre 8 e 12 projetos por ano. Então, ele tem de ser o foco do trabalho para aumentar o percentual de consumidores finais que contratam profissionais do ramo”, comenta Tristão.
O executivo da Archa também lembra que as classes A e B são as que mais consomem arquitetura por questões de capacidade financeira, mas que as classes C e D são apontadas como as que mais têm intenção de consumo, não o fazendo por falta de compreensão das opções e benefícios. “Há também a ideia de que arquitetura e design não são algo para essas parcelas da população. Mas não é bem assim. Por isso, também temos o interesse de viabilizar a concorrência de projetos para qualquer perfil de consumidor. Mas temos consciência de que este é um dos principais desafios”, diz.
By Caíque Teixeira Rocha | Compliance Comunicação
Imagem Principal: Ilustrativa
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