Pela primeira vez e em um chamado à sua memória de infância, o designer Gian Castelli, à frente da Castelli Design, assina uma coleção de vestuário numa colab inédita com a marca Forca Studio. Produzidas com pele de pirarucu, matéria-prima sustentável uma vez que ao ser reaproveitada na indústria da moda e do design, além de enriquecer a economia da população ribeirinha, ainda evita descartes, um blazer, uma regata e uma bolsa compõem a linha batizada de Pescare, mesmo nome da coleção de mobiliário já assinada pelo designer.

“Ainda quando criança, havia um desejo em ser estilista, muito porque minha mãe sempre teve relação com a moda”, conta Gian que fala sobre a realização dessa oportunidade com a Forca Studio. “Tudo aconteceu de um jeito bem informal, em um encontro casual com os proprietários da marca e fechamos a parceria. Como já uso pirarucu em minhas criações em design de móveis na Castelli, pensar em aplicar o couro em vestuário foi uma experiência nova, mas muito gratificante.”

Peças femininas, mas que no mundo do “fashion design podem ser consideradas hibridas”, segundo Gian, são o ponto alto dessa coleção já disponível na Forca Studio. As peças são vendidas por encomenda via site http://castelli.studio/ ou instagram @castelli  e pela @forcastudio e https://shop.forcastudio.com.br

Sobre Gian Castelli

Dono de uma curiosidade aguçada e sempre antenado às novidades do mercado, Gian Castelli, 26, é um dos nomes jovens que desponta no cenário nacional quando o assunto é design de produto. Com especialização em Design Thinking pelo IED – Istituto Europeo di Design –, e com passagem pela Escola Panamericana de Arte e Design, além de especializações em marcenaria e serralheria no lab74, Gian é um amante inveterado quando o assunto é arquitetura e design. Filho de artistas criadores – seu pai é arquiteto, pintor e leiloeiro de antiguidades; a mãe, estilista autodidata já contribuiu com o design de roupas e sapatos, inclusive para a extinta Daslu, Gian traz a arte em seu DNA e, mais que isso, crescer em meio à um universo lúdico e criativo, fez despertar o talento nato, como ele conta: “cresci vendo muitos móveis e cercado por arte em geral. Com os anos, fui me envolvendo com design, arquitetura e comecei a mexer com marcenaria e serralheria por pura curiosidade e necessidade de criar.”

By Antônio Daloia | Juvilelapress

Imagens: Créditos Pedro Lins / Anthony Araújo