Brasil X Estados Unidos: As arquiteturas que se encontram em suas diferenças

 

A partir de experiências próprias, Gigi Gorenstein comenta as principais diferenças entre os estilos, além de apontar possíveis soluções e otimizações que um oferece para o outro

Postado terça-feira 15/08/2023 por Redação

Brasil X Estados Unidos: As arquiteturas que se encontram em suas diferenças
Brasil X Estados Unidos: As arquiteturas que se encontram em suas diferenças

 

É evidente que cada país possui sua cultura no que diz respeito aos estilos arquitetônicos, preferências estéticas, materiais de acabamento e de distribuição em suas composições que, de maneira geral, são vindos de influências de uma história de longa data, aspectos climáticos e de um estilo de vida mais característico. Nos Estados Unidos não poderia ser diferente e, quem esclarece algumas dessas referências é a arquiteta Gigi Gorenstein, à frente do escritório que leva seu nome. Com a marca de projetos realizados em todo Brasil, ela compartilha sua experiência em realizar projetos de seus clientes em cidades americanas, como Miami.

 

 

Algumas diferenças entre Brasil e EUA

 

 

Com um layout mais aberto, a distribuição dos ambientes americanos costuma ser bem diferente das vistas em casas brasileiras. Segundo Gigi, as plantas das obras dificilmente possuem área de circulação, então é comum encontrar uma sala principal com as portas que dão acesso para todos os cômodos da residência. “Nesse conceito, desfruta-se da vantagem de áreas mais amplas, pés direitos altos e possibilidade de trabalhar melhor os espaços”, avalia. “Essa diferença visual é curiosa, mas vejo muito como uma forma de não perder o espaço, o que torna os ambientes bem maiores, principalmente apartamentos em Miami onde tenho vários projetos. Para equalizar, é necessário mudar as escalas brasileiras para manter a proporção americana”, completa a profissional.

 

 

Uma tendência que ganhou as casas brasileiras foi o estilo de cozinha americana, ligada diretamente ao espaço de jantar, que promete a socialização entre quem está em ambos os ambientes, como mostra Gigi Gorenstein | Foto: Alexandre Kid

 

 

Outro ponto que difere os projetos são os métodos construtivos. Nos EUA, imperam as estruturas de madeira (wood frame), a metálica (steel frame), sem o emprego da tão conhecida alvenaria, tão familiar nas edificações do Brasil por meio do uso de blocos e tijolos assentados com argamassa.

 

 

Nos projetos americanos, Gigi alerta sobre o cuidado com as autorizações e licenças para mexer na residência, como troca de pisos, alterações em sistemas elétricos e hidráulicos, que ficam por dentro das paredes drywall, precisam de aprovação prévia e são mais suscetíveis a avarias. “É um processo longo e, na maioria das vezes, uma permissão pode demorar entre 2 e 3 meses, sendo que geralmente recebemos só a planta simples da obra. A intervenção mais prática que podemos fazer é no décor, repaginando o ambiente”, revela.

 

 

Confira algumas dicas e projetos da arquiteta:

 

 

A preferência por cores mais fortes marca alguns projetos americanos. A maior facilidade de comprar e devolver móveis e objetos ajudam a efetuar rápidas composições, de acordo com a preferência do morador | Foto: Gabbavisuals

 

 

Dormitórios que aproveitam bem a iluminação da janela, somado ao pé direito alto, dão uma sensação de amplitude. Para Gigi, o uso de espelhos soltos vem ganhando cada vez destaque nos projetos made in USA | Foto: Gabbavisuals

 

 

Varanda living com vista para Miami Beach, o espaço exala conforto para fins de tarde apreciando a vista nas poltronas ou tomando um café sob a mesa| Foto: Alessandra Bomeny

 

 

Na suíte americana é comum encontrar uma cabine separada apenas com o vaso sanitário e o resto do banheiro aberto para o quarto. Neste projeto, o papel de parede que reveste o espaço é uma opção muito escolhida como material pela variedade e custo-benefício | Foto: Gabbavisuals

 

 

Com 22 anos de experiência, a arquiteta foi convidada por um antigo cliente a realizar um projeto de arqdecor em Miami e, desse trabalho, a abertura de outras oportunidades e a maior confiança com arquitetura de interiores fora do Brasil. Entre os segredos revelados por ela, está a escolha de bons parceiros de trabalho. “Esse é um grande desafio que tenho hoje, conseguir empresas de mão de obra em Miami, trabalhadores, fornecedores e lojas. Nem sempre podemos acompanhar o projeto 100% presencial e com esse networking temos a vantagem de fazer uma obra toda à distância”, finaliza.

 

 

Sobre Gigi Gorenstein Arquitetura

 

 

Gigi Gorenstein é arquiteta e designer de interiores, formada pela Universidade Paulista, atua no mercado desde 1998. Em 2008, partiu para carreira solo quando descobriu a sua própria identidade dentro do universo da Arquitetura e Interiores. Há 14 anos está à frente do escritório Gigi Gorenstein Arquitetura e Interiores, onde desenvolve projetos residenciais, interiores e comerciais, buscando excelência e personalidade através de técnicas e conhecimentos adquiridos através de 22 anos de experiência. Para pessoas sofisticadas e antenadas, oferece de forma leve e interessante a execução de um projeto arquitetônico completo com qualidade e segurança buscando unir funcionalidade e estética.

 

 

@gigigorenstein_arquitetura

 

 

By Glaucia Ferreira | Mailingimprensa

Imagens: Créditos Gabbavisuals / Alessandra Bomeny / Alexandre Kid

 

 

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