É uma forma de expressão que conecta pessoas, histórias e emoções. Em sua carreira de mais de 20 anos, formada em Arquitetura pela UFSC com especialização na École Supérieure des Arts de Paris, a catarinense se dedica a desenvolver projetos que buscam imprimir identidade e significado para seus clientes. 

A influência para essa abordagem singular vem de suas raízes. Claudia cresceu em uma casa modernista, onde sua mãe tinha o hábito de frequentar antiquários para decorar o lar. 

"Mesmo pequena, eu observava tudo, admirava e escutava as explicações do antiquário para minha mãe. Isso enriqueceu e apurou meu olhar. Ver a beleza das peças e suas histórias, isso me fascina desde então", relembra. Essas experiências moldaram sua sensibilidade e a ensinaram a valorizar a história por trás de cada objeto, algo que ela carrega em seus projetos.  

Claudia também percebe que, ao longo dos anos, a relação das pessoas com seus lares mudou significativamente. "Infelizmente vemos hoje ambientações pasteurizadas, muito mais relacionadas com aquilo que é proposto pelo mercado, do que o próprio gosto do cliente", afirma.

Para ela, a arquitetura com alma é justamente o oposto: é acolhedora, carregada do repertório e essência de quem vive nela. A profissional defende justamente a integração de elementos contemporâneos com peças herdadas de família, ou que representam momentos especiais que não podem ficar de fora da cena. 

"Uma arquitetura com alma tem um forte senso de pertencimento e conta sobre quem nós somos", explica. Móveis restaurados, objetos artesanais, texturas naturais e itens que despertam lembranças são essenciais para criar ambientes genuinamente únicos. 

"O aproveitamento de móveis e peças, a criação de espaços que provocam sensações e o uso de texturas, cheiros, sons e iluminação que criam experiências são fundamentais", complementa.  

Além disso, Claudia ressalta a importância de personalizar os espaços: "Misture estilos e referências, use objetos afetivos, obras de arte, fotografias e lembranças de viagem. Saber que elementos contemporâneos podem ser utilizados, mas sem apagar aquilo que nos constitui, é fundamental", finaliza.

By A CASAA
Foto: Divulgação