Arquiteto analisa escolha entre comprar na planta ou reformar imóvel antigo

 

Entenda como as estratégias arquitetônicas ajudam o morador nesta decisão

 

Arquiteto analisa escolha entre comprar na planta ou reformar imóvel antigo
Arquiteto analisa escolha entre comprar na planta ou reformar imóvel antigo

 

A decisão foi tomada: é hora de adquirir um imóvel. Ao verificar os anúncios de venda pela internet, muitos se deparam com a dúvida sobre a aquisição de um imóvel novo, entregue pela construtora, ou um antigo. Assim, quais critérios julgar para essa decisão?

 

 

Experiente nessas questões, a arquiteta Mari Milani, sabe que existe uma grande dificuldade para a análise dessas diferenças e, por isso, é acionada por clientes que precisam desse suporte antes de entregar a ela o projeto de reforma.

 

 

Com base em projetos que realizou, ela compartilha suas principais observações:

 

 

A personalização da planta antes da entrega das chaves

 

 

Atualmente, um benefício que as construtoras têm oferecido é a chance de personalizar a planta baixa conforme as preferências do futuro morador. Seguindo os critérios de cada empreendimento, é possível optar, com a devida antecedência, pela modificação no layout ou escolher as possibilidades de revestimentos para pisos e paredes. “Considero uma oportunidade muito bacana por vários motivos. Primeiro dar voz ao cliente e entregar aquilo que, de fato, ele deseja. Esse diferencial é muito interessante, pois no projeto de interiores realizamos aquilo que complementará a base que recebemos”, explica Mari Milani.

 

 

Ela ainda relata que essa customização também diminui o desembolso financeiro e reduz a geração de resíduos decorrentes do quebra-quebra que acontece quando o imóvel não está de acordo com as necessidades ou os anseios. “Essa consciência sustentável é uma contribuição muito valiosa que entregamos”, acrescenta a arquiteta.

 

 

Uma mudança constantemente pedida pelos proprietários que optam pela reforma na personalização é a ampliação da área social, integrando varanda, sala de estar e área gourmet. Assim, a arquiteta costuma setorizar esses espaços através de recursos do décor, como sofás, tapetes e mesas – delimitando, na mesma medida que tudo permanece incorporado ao living. Projeto: Mari Milani | FOTO: Julia Herman

 

 

É importante ressaltar que cada construtora possui o seu prazo específico e que segue seu próprio cronograma de obras. Entretanto, a profissional estima que o auxílio do profissional de arquitetura já nessa etapa de construção deve preceder cerca de um ano e meio antes da entrega das chaves.

 

 

O painel marmorizado que sustenta o televisor foi um recurso executado a partir da personalização, já que não seria entregue pela construtora nesse material. A ideia era exatamente criar um cenário onde o quartzo, que emula o mármore, pudesse brilhar na decoração. Projeto: Mari Milani | FOTO: Julia Herman

 

 

Na reforma de um imóvel novo, a arquiteta trouxe muitos recursos arquitetônicos, como a porta mimetizada. O recurso foi planejado para separar a área social dos setores privativos, como dormitórios, cozinha e banheiros. O resultado não poderia ser mais prático e sofisticado, com a porta mimetizada ao painel que sustenta o aparelho de TV.

 

 

Detalhes da personalização do imóvel pela construtora

 

 

A profissional explica que o estudo da planta baixa é sempre o começo, seguido pela análise dos materiais indicados no memorial descritivo. Com base nesse documento, é possível avaliar quais revestimentos serão substituídos por meio das alternativas concedidas pela construtora.

 

 

Quando a ideia é trabalhar com a integração total da área social, há também viabilidade de requerer que determinada parede não seja erguida.

 

 

Antes (à esquerda) o revestimento da varanda era retangular e bem demarcado pelo rejunte. Com as transformações propostas na personalização, o piso ficou homogêneo, enquanto o revestimento da parede ganhou tijolinhos clássicos no backsplash e um exuberante jardim vertical! Projeto: Mari Milani | FOTO: Julia Herman

 

 

Trabalhando com o protagonismo da luz natural, as esquadrias presentes na planta original foram eliminadas no projeto idealizado por Milani, atendendo assim o pedido dos moradores de ter uma varanda gourmet ampla e completa. Além de poderem apreciar a vista panorâmica do bairro, a luz diurna banha todos os detalhes do espaço que conta com churrasqueira, frigobar, adega e mesa de jantar, potencializando o momento das refeições e confraternizações.

 

 

A marcenaria personalizada se fez presente após a remoção das esquadrias na personalização, onde o espaço se ampliou e um cantinho do café e do bar foi executado com delicadeza e sofisticação: prateleiras envidraçadas foram escolhidas para acomodar itens decorativos, enquanto o mármore do piso se estendeu para o revestimento da parede, criando uma volumetria e uma textura personalizada na estante. Projeto: Mari Milani | FOTO: Julia Herman

 

 

Valor imaterial e soluções criativas

 

 

É inegável o valor imaterial dos imóveis, ainda mais quando se trata de casas que passam de geração para geração, apartamentos em edifícios com arquitetura clássica ou em áreas nobres das cidades – sem contar que refletem um modo de vida e uma leitura diferente da arquitetura de interiores contemporânea. Desse modo, o cliente deve considerar que nem sempre é possível promover uma transformação radical e compreender que o belo também está em viver o tempo atual com inspirações pautadas no passado.

 

 

Entretanto, os ares ‘datados’ não significam que tudo precisa ser retirado: sempre coerente, a arquiteta classifica aquilo que realmente precisa ser trocado ou apenas renovado. Com esse arcabouço, Milani reformou o imóvel antigo de um cliente, que buscavam uma renovação do layout nas principais áreas do apartamento, como living e cozinha:

 

 

Projeto: Mari Milani | FOTO: Erika Urbino

 

 

O cimento queimado da parede brincou com o tom claro do verde do painel mimetizado em MDF que sustenta a TV. A iluminação em spots também foi inserida na reformulação, modernizando o espaço que manteve móveis de design clássicos e o tradicional piso de tacos, fazendo uma ode ao décor dos anos 60 em uma releitura moderna e aconchegante.

 

 

Antes e depois: anteriormente (à direita), a parede de toda área social era de apenas uma cor e os acabamentos em gesso ocupam espaço, diminuindo a profundidade do ambiente. Com a mudança cromática, a remoção dos rodapés e gesso superior, a nova área social do apartamento foi ampliada. Projeto: Mari Milani | FOTO: Erika Urbino

 

 

Veja outras situações, nesse mesmo imóvel reformado por Milani, onde a troca de revestimentos e a marcenaria inteligente transformaram a percepção sobre o espaço e exemplificam as inúmeras possibilidades em reforma de imóveis antigos:

 

 

A marcenaria planejada e inteligente deu uma nova cara para a cozinha do apartamento, uma vez que desenhou compartimentos sem a necessidade de quebrar as paredes. Através do desenho que segue o layout do cômodo, a arquiteta acomodou os eletrodomésticos embutidos, propôs armários superiores e prateleiras laterais com acabamento amadeirado. Projeto: Mari Milani | FOTO: Erika Urbino

 

 

O resultado final da transformação deixou os armários mais distribuídos e melhor trabalhados, com mais espaço interno, menos divisórias e puxadores invisíveis. A ilha central, também foi uma novidade inserida por Milani, que trouxe mais uma bancada de trabalho e também para refeições rápidas. Projeto: Mari Milani | FOTO: Erika Urbino

 

 

No banheiro, a arquiteta investiu em uma modernização, trazendo um espelho em formato orgânico com iluminação de led para criar um cenário futurista. Um chuveiro de teto foi instalado para garantir o melhor das inovações arquitetônicas no imóvel. Para arrematar o ambiente, Mari trouxe o mesmo revestimento para o piso e o teto – um porcelanato com textura de granilite - incluindo um nicho embutido e esculpido especialmente para otimizar o espaço. Projeto: Mari Milani | FOTO: Erika Urbino

 

 

Equilibrando as alternativas de reforma

 

 

Uma vantagem dos empreendimentos entregues pela construtora é exatamente a infraestrutura que, por serem mais novos, não pedem por muitos investimentos em manutenção. E como já mencionado, um apartamento recém construído reflete o atual estilo do morar e contam também com áreas de uso comum como piscina, academia, playground para as crianças e espaço pet.

 

 

No contexto mercadológico, o valor dos imóveis também reflete variações. É comum, por exemplo, que ocorra a valorização do imóvel novo nos primeiros anos, assim como as edificações antigas podem ter o preço superestimado pela localização.

 

 

Para escolher a melhor opção, a arquiteta é enfática: o futuro proprietário precisa levar em conta seus próprios ensejos e contar com suporte profissional para entenderem qual o melhor caminho.

 

 

Sobre Mari Milani

 

 

Formada em arquitetura e urbanismo em 2009, pós-graduada em master arquitetura em 2012, com mais de 200 projetos realizados em lares e negócios, Mari Milani está sempre presente nas maiores feiras e eventos de design do mundo acompanhando e trazendo as últimas tendências de mercado para seus clientes.

 

 

Para ela, a construção de um ambiente transformador vai além de erguer paredes e distribuir cômodos; é a habilidade de criar um espaço que reflita a personalidade e os sonhos de cada cliente, pensando sempre no conforto e segurança. Cada projeto é uma oportunidade de criar sensações diferentes e únicas, seja por meio da iluminação, do formato ou da decoração.

 

 

www.marimilani.com

@marimilani_arquiteta

R. Marina Jacomini, Nº 57 - Santa Paula, São Caetano do Sul – SP

 

 

By Lucas Janini | Comuniquese3

Imagens: Créditos Erika Urbino / Julia Herman

 

 

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